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Governo define duplicação da Tamoios
Já foi protocolado pedido de licença ambiental para as obras no principal acesso ao litoral norte de SP; rodovia terá pedágio
Duplicação será do km 11,5 ao km 64,4; rodovia de 82,4 km já conta com pistas duplas no planalto e 2 para subida no trecho de serra
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após 20 anos de indefinições
sobre a melhoria do acesso ao
litoral norte de São Paulo, o governo paulista concluiu projeto
para a duplicação da rodovia
dos Tamoios (SP-99). O pedido
de licença ambiental já foi protocolado na Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
A definição do projeto pelo
governo José Serra (PSDB)
ocorre duas décadas após ter sido abandonada, por pressão de
ambientalistas, ainda na gestão
Orestes Quércia (1987-90), a
idéia de criar a Rodovia do Sol,
que seria a única estrada duplicada para o litoral norte.
Estimada em cerca de R$ 820
milhões em 2005, durante o governo Geraldo Alckmin, a duplicação será feita do km 11,5 ao
km 64,4 -o restante da rodovia, de 82,4 km, já conta com
pistas duplas, no planalto, e
duas para subida e uma para
descida, no trecho de serra.
A obra visa desafogar o tráfego, principalmente nos feriados e férias de verão, quando
formam-se filas de veículos na
estrada. Em 1998, o motorista
chegou a ficar até oito horas para percorrer um trecho que leva, em média, uma hora e meia.
A assessoria da Secretaria
dos Transportes informou que
a duplicação é prioridade e
consta do programa do governador Serra, mas não precisou
a data de início da obra.
O projeto também integra o
Corredor de Exportação, uma
série de obras concebida para
transportar produtos do planalto ao porto de São Sebastião.
Para trafegar pela Tamoios
duplicada, porém, o motorista
terá de pagar pedágio, indicam
estudos do governo.
A obra causa a preocupação
de ambientalistas desde que foi
anunciada, em 2005, por cruzar áreas de preservação ambiental com remanescentes de
mata atlântica, como o Parque
Estadual da Serra do Mar.
""É preciso fazer um debate
amplo, pois a Tamoios cruza
matas e mananciais que alimentam rios que abastecem o
litoral", diz Eduardo do Rego,
representante do litoral norte
no Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente).
Até abril, devem ser realizadas as audiências públicas para
avaliar o projeto básico e o EIA-Rima (Estudo-Relatório de Impacto Ambiental) da obra.
Embora considere a duplicação importante, o prefeito de
Caraguatatuba, José Pereira de
Aguilar (PSDB), teme que a facilidade de acesso e o maior fluxo de veículos pressionem ainda mais o trânsito na cidade,
onde desemboca a rodovia.
Aguilar quer que o Estado faça, ao mesmo tempo, o anel viário que contornará Caraguá nos
dois sentidos: norte (em direção a Ubatuba) e sul (rumo a
São Sebastião e Ilhabela).
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