São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011
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Kassab enfrenta protesto e ameaça de CPI Clima pós-eleição na Câmara estimula pedido de investigação contra o prefeito e impede a votação de projetos Oposição pede CPI para apurar anistia a imóvel da família do prefeito; estudantes fazem ato contra tarifa de ônibus JOSÉ BENEDITO DA SILVA DE SÃO PAULO Pouco mais de um mês após expressiva vitória na Câmara, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vive dificuldades no Legislativo que vão de protesto apoiado pela oposição à ameaça de uma CPI, passando pela dificuldade de levar seus projetos à votação. Parte do problema se deve à tumultuada eleição que conduziu à presidência o líder de Kassab, José Police Neto (PSDB). O rescaldo da disputa deu o tom na primeira semana da Casa em 2010. Ontem, o prefeito tornou-se alvo da oposição com um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investir suposta ilegalidade na regularização de um imóvel pertencente à sua família. O prédio, na Saúde (zona sul), abriga a Yapê Engenharia e a Yapê Transportes, fundadas por Kassab e pelo deputado federal Rodrigo Garcia (DEM) e hoje dirigidas pelos irmãos do prefeito. O caso foi revelado pelo "Jornal da Tarde". Em 2003, foi pedida a regularização do prédio, que só tinha parte da área legalizada. O processo foi indeferido em 2006, mas dois anos depois foi reaberto e deferido após intervenção do então secretário de Habitação, Orlando Almeida. O pedido de CPI, feito por Aurélio Miguel (PR) e assinado por 19 dos 55 vereadores, visa apurar todos os processos de aprovação e regularização de edificações em tramitação na prefeitura. A aprovação requer 28 votos -na eleição, a oposição teve 25. Em nota, a prefeitura informou que a regularização do imóvel "atendeu integralmente à legislação vigente". ÔNIBUS Também ontem, cerca de 150 estudantes foram à Câmara pedir a revogação do decreto de Kassab que elevou a tarifa de ônibus de R$ 2,70 para R$ 3 no início do mês. Com palavras de ordem contra o prefeito e apoiados no plenário pela oposição, monopolizaram a sessão e garantiram audiência na Câmara no dia 12 -o secretário dos Transportes, Marcelo Branco, será convidado. A oposição ameaçou aprovar projeto que tira do prefeito e repassa à Câmara a prerrogativa de autorizar o aumento -hoje é por decreto. Texto Anterior: Religioso cubano radicado no Brasil é morto a tiros no Rio Próximo Texto: Pauta travada: Crise impede votação de projetos Índice | Comunicar Erros |
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