|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Interior e ABC atenuam impacto
DA REPORTAGEM LOCAL
O município de São Bernardo
do Campo, no ABC paulista, mostrou como foi possível atenuar no
trânsito os efeitos do apagão.
Inserido no racionamento, conseguiu manter a redução das
mortes por atropelamento ao
adotar a mesma estratégia utilizada por parte da população: para
cumprir a meta de redução de
35% no consumo de energia, 11%
das lâmpadas foram trocadas por
outras que gastam menos.
O número total de atropelamentos na cidade caiu 21% em relação a 2000 e só 0,06% das lâmpadas das ruas foi desligada.
Entre 1999 e 2001, R$ 66 milhões
investidos em São Bernardo do
Campo conseguiram reduzir a
quantidade de mortes em 81%.
De 98, em 1999, para 19, em 2001.
Foram instalados 40 temporizadores digitais -semáforos para
pedestres que indicam quantos
segundos faltam para a travessia.
"Quando a gente cuida do cruzamento empregando essa modernidade, há um ganho de 100%,
zerando as mortes", diz Larte
Francisco Pinto, diretor do DET
(Departamento de Engenharia de
Tráfego) de São Bernardo.
As cidades de Campinas (95
km) e Ribeirão Preto (314 km de
São Paulo) diminuíram as mortes
no trânsito investindo em educação. Comparando os dados de
2000 e 2001, houve redução de
17% e 24%, respectivamente.
Em Campinas, houve desligamento de 11% e troca de 7% das
lâmpadas da iluminação municipal. Ribeirão Preto desligou 20%.
Para Marcos Bicalho, secretário
dos Transportes de Campinas, os
melhores resultados obtidos decorrem de palestras para crianças,
idosos e motoristas de ônibus. O
Progett (Programa Permanente
de Educação para o Trânsito) leva
monitores às escolas públicas em
Ribeirão Preto.
As mortes por atropelamento
tiveram redução em Curitiba e
Porto Alegre, mantendo a tendência até então. Na capital paranaense, a queda foi de 24% no ano
inteiro. Na gaúcha, 19%.
Mesmo fora do apagão, Porto
Alegre chegou a cortar 12% dos
gastos com energia, mas não retirou lâmpadas das ruas, apenas de
monumentos.
José Alvaro Twardowski, diretor da Diretran (Diretoria de
Trânsito) de Curitiba, diz tratar a
iluminação pública como questão
de engenharia de tráfego. O departamento de trânsito está destinando R$ 30 mil mensais para reforçar os estoques de lâmpada da
secretaria responsável pelas trocas nos postes.
(AI e ID)
Texto Anterior: "Ministério do apagão" culpa as prefeituras Próximo Texto: SP tem números controversos Índice
|