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SP tem números controversos
DA REPORTAGEM LOCAL
As estatísticas do IML (Instituto
Médico de Legal) indicam uma
redução de 9,5% dos atropelamentos na capital paulista em
2001 e uma queda de quase 11%
no período do apagão.
Na avaliação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),
os números refletem a prioridade
dada ao pedestre: foram instaladas 524 luminárias nas faixas de
travessia, mantidas acesas nos
meses de redução da iluminação
pública. Até 2000, São Paulo tinha
apenas 743 desses equipamentos.
"Por causa do apagão, nossa
ação foi voltada para essa questão.
Agora, queremos atingir a média
de 500 luminárias por ano", diz
Mauricio Regio, assessor de segurança no trânsito da CET.
A empresa afirma que não teve
participação no corte de luz das
ruas. A prefeitura sugeriu um critério para evitar apagões em pontos críticos, mas não foi atendida.
Essa realidade das mortes por
atropelamento não confere com a
registrada pelos policiais militares
de trânsito. A PM diz ter havido
uma alta de 18,5% de janeiro a
maio e de 87% de junho a setembro. "O racionamento com certeza influenciou. As vias ficaram
mais escuras, e os motoristas hoje
não andam com os faróis ligados", diz José Francisco Giannoni, coronel do CPTran.
A principal diferença de critério
entre os dois órgãos é que a PM só
registra as mortes até a vítima
chegar ao pronto-socorro. O IML
também computa as que morreram após atendimento médico no
hospital, ou seja, em tese, trabalha
com dados mais completos.
A CET usa registros do IML para implementar sua política de segurança no trânsito, mas não trabalha com as estatísticas do instituto. Seus técnicos fazem tabulação própria a partir dos laudos
necrológicos. Até 2000, os dados
do CPTran e do IML seguiam a
mesma tendência, com quedas ou
altas semelhantes.
(AI e ID)
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