São Paulo, domingo, 03 de março de 2002

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SP tem números controversos

DA REPORTAGEM LOCAL

As estatísticas do IML (Instituto Médico de Legal) indicam uma redução de 9,5% dos atropelamentos na capital paulista em 2001 e uma queda de quase 11% no período do apagão.
Na avaliação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os números refletem a prioridade dada ao pedestre: foram instaladas 524 luminárias nas faixas de travessia, mantidas acesas nos meses de redução da iluminação pública. Até 2000, São Paulo tinha apenas 743 desses equipamentos.
"Por causa do apagão, nossa ação foi voltada para essa questão. Agora, queremos atingir a média de 500 luminárias por ano", diz Mauricio Regio, assessor de segurança no trânsito da CET.
A empresa afirma que não teve participação no corte de luz das ruas. A prefeitura sugeriu um critério para evitar apagões em pontos críticos, mas não foi atendida.
Essa realidade das mortes por atropelamento não confere com a registrada pelos policiais militares de trânsito. A PM diz ter havido uma alta de 18,5% de janeiro a maio e de 87% de junho a setembro. "O racionamento com certeza influenciou. As vias ficaram mais escuras, e os motoristas hoje não andam com os faróis ligados", diz José Francisco Giannoni, coronel do CPTran.
A principal diferença de critério entre os dois órgãos é que a PM só registra as mortes até a vítima chegar ao pronto-socorro. O IML também computa as que morreram após atendimento médico no hospital, ou seja, em tese, trabalha com dados mais completos.
A CET usa registros do IML para implementar sua política de segurança no trânsito, mas não trabalha com as estatísticas do instituto. Seus técnicos fazem tabulação própria a partir dos laudos necrológicos. Até 2000, os dados do CPTran e do IML seguiam a mesma tendência, com quedas ou altas semelhantes. (AI e ID)


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