São Paulo, domingo, 03 de março de 2002

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Poucos bairros têm variedade de cor

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem observar as cores da cidade nesta época do ano vai notar que, além do roxo e rosa das quaresmeiras, há o amarelo das acácias e o carmim das paineiras. Em julho chegam os ipês rosa e roxo, em agosto, os amarelos.
O jacarandá-mimoso, de flores arroxeadas, é a primeiro a florir na primavera, dividindo as ruas com o amarelo das sibipirunas, encontradas na maioria das ruas.
Esse calendário de cores só é percebido em parques e bairros que tiveram algum planejamento, como Pacaembu, Jardins, Chácara Flora e áreas do Morumbi.
A prefeitura promete iniciar um inventário da arborização em São Paulo. O que se sabe, com base em levantamentos feitos em 1995, é que a cidade tem uma grande mancha de calor que vai do centro em direção à zona leste. Chega a 6C de diferença, por conta da falta de árvores.
Em bairros da zona norte como Perus e Pirituba, o espaço de área verde por habitante chega a 144 m2. Em bairros como Sapopemba, Vila Prudente, Guaianazes (todos na zona leste) e Capão Redondo (sul), a média é inferior a 1 m2 por habitante. "São as regiões mais violentas da cidade", observa Caio Boucinhas, diretor do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes) da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
A atual administração estuda um plantio com mudas adequadas a cada região da cidade, com parceria dos moradores. "Se o morador não adotar a árvore que está em frente à sua casa, ela não sobrevive", diz Boucinhas. (AB)


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