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Poucos bairros têm variedade de cor
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem observar as cores da cidade nesta época do ano vai notar
que, além do roxo e rosa das quaresmeiras, há o amarelo das acácias e o carmim das paineiras. Em
julho chegam os ipês rosa e roxo,
em agosto, os amarelos.
O jacarandá-mimoso, de flores
arroxeadas, é a primeiro a florir
na primavera, dividindo as ruas
com o amarelo das sibipirunas,
encontradas na maioria das ruas.
Esse calendário de cores só é
percebido em parques e bairros
que tiveram algum planejamento,
como Pacaembu, Jardins, Chácara Flora e áreas do Morumbi.
A prefeitura promete iniciar um
inventário da arborização em São
Paulo. O que se sabe, com base em
levantamentos feitos em 1995, é
que a cidade tem uma grande
mancha de calor que vai do centro em direção à zona leste. Chega
a 6C de diferença, por conta da
falta de árvores.
Em bairros da zona norte como
Perus e Pirituba, o espaço de área
verde por habitante chega a 144
m2. Em bairros como Sapopemba, Vila Prudente, Guaianazes
(todos na zona leste) e Capão Redondo (sul), a média é inferior a 1
m2 por habitante. "São as regiões
mais violentas da cidade", observa Caio Boucinhas, diretor do Depave (Departamento de Parques e
Áreas Verdes) da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
A atual administração estuda
um plantio com mudas adequadas a cada região da cidade, com
parceria dos moradores. "Se o
morador não adotar a árvore que
está em frente à sua casa, ela não
sobrevive", diz Boucinhas.
(AB)
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