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Número de usuários deve aumentar
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto os ônibus municipais
de São Paulo amargam a perda de
46% de seus passageiros desde
1995, os trens da CPTM e do Metrô tiveram uma elevação da demanda de 30% e 7%, respectivamente, nos últimos seis anos.
E a tendência persiste. Enquanto as viações projetam perdas para os próximos anos, a CPTM tem
a intenção de até mesmo dobrar a
quantidade de usuários até 2006,
apesar da saturação existente hoje
em duas das seis linhas nas horas
de pico. "A meta depende dos investimentos em modernização",
diz Atilio Nerilo, da CPTM.
Diferentemente do Metrô, os intervalos dos trens são de, no mínimo, sete minutos -tempo que
poderia ser reduzido com investimento em novas composições.
A pesquisa da Teknites Consultores Associados mostra que a
distância média percorrida pelos
passageiros em cada viagem é de
22 km, uma das maiores entre os
modos de transporte urbano.
O perfil dos passageiros, entretanto, apresenta diferenças significativas entre as seis linhas. Os da
linha C, que recebeu os principais
investimentos do Estado, são os
mais "elitizados" -17,4% têm
renda familiar superior a dez salários mínimos, contra 5,2% na F.
A falta de conforto e a superlotação leva passageiros a fazerem
"viagens negativas", detectadas
na pesquisa da CPTM. A classificação é dada quando eles, nos picos, preferem pegar um trem em
sentido contrário ao seu destino
-e descer nas estações seguintes
para ter conduções mais vazias.
"Eles preferem perder dez minutos para ter um transporte melhor", diz João Alcalá Júnior, assistente técnico da CPTM.
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