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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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Número de usuários deve aumentar

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto os ônibus municipais de São Paulo amargam a perda de 46% de seus passageiros desde 1995, os trens da CPTM e do Metrô tiveram uma elevação da demanda de 30% e 7%, respectivamente, nos últimos seis anos.
E a tendência persiste. Enquanto as viações projetam perdas para os próximos anos, a CPTM tem a intenção de até mesmo dobrar a quantidade de usuários até 2006, apesar da saturação existente hoje em duas das seis linhas nas horas de pico. "A meta depende dos investimentos em modernização", diz Atilio Nerilo, da CPTM.
Diferentemente do Metrô, os intervalos dos trens são de, no mínimo, sete minutos -tempo que poderia ser reduzido com investimento em novas composições.
A pesquisa da Teknites Consultores Associados mostra que a distância média percorrida pelos passageiros em cada viagem é de 22 km, uma das maiores entre os modos de transporte urbano.
O perfil dos passageiros, entretanto, apresenta diferenças significativas entre as seis linhas. Os da linha C, que recebeu os principais investimentos do Estado, são os mais "elitizados" -17,4% têm renda familiar superior a dez salários mínimos, contra 5,2% na F.
A falta de conforto e a superlotação leva passageiros a fazerem "viagens negativas", detectadas na pesquisa da CPTM. A classificação é dada quando eles, nos picos, preferem pegar um trem em sentido contrário ao seu destino -e descer nas estações seguintes para ter conduções mais vazias.
"Eles preferem perder dez minutos para ter um transporte melhor", diz João Alcalá Júnior, assistente técnico da CPTM.



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