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SP tem ruas sem luz há 15 dias
DO "AGORA"
Faz 15 dias que moradores de
três ruas em Pirituba (zona norte)
convivem com a escuridão para
chegar em casa. Em meados de fevereiro, todas as lâmpadas das
ruas Antônio Corrêa, Antônio Armando e Donato pararam de
acender de uma noite para outra.
Os moradores dizem que fizeram constantes apelos à Prefeitura de São Paulo, mas que o caso
não foi resolvido -embora os
atendentes do serviço telefônico
municipal 156 digam que o caso
consta como solucionado.
Cobrada desde maio do ano
passado, a taxa de luz -de R$
3,50 ao mês para imóveis residenciais e de R$ 11 para não-residenciais-, tem como objetivo ajudar
no custeio da manutenção e ampliação do serviço de iluminação
pública.
A cobrança também bancaria,
em parte, a troca das atuais lâmpadas de mercúrio usadas nas
ruas pelas de vapor de sódio, que,
segundo a prefeitura, iluminam
até seis vezes mais que as outras.
No ano passado, foram arrecadados R$ 93,4 milhões com a taxa
de luz. O valor mensal gasto com
manutenção dos pontos de iluminação é de R$ 2,5 milhões.
Os moradores se queixam que
os problemas acontecem com
mais freqüência desde o início da
cobrança da taxa -que, no ano
passado, chegou a ser barrada
temporariamente pela Justiça.
"Minha rua [a Major Baracca,
no Jaçanã] está sem luz desde 15
de janeiro. Já fiz três reclamações.
Pago todo mês. O que justifica ficar no escuro?", questiona a aposentada Leonor Kusdra, 52, que
agora tem medo de sair à noite.
Outro lado
O Ilume (Departamento de Iluminação Pública) informou, por
meio de sua assessoria, que as
chuvas na cidade fazem aumentar
as solicitações para manutenção
de iluminação pública, mas que
são feitas cerca de 300 trocas de
lâmpadas diariamente, além de a
prefeitura estar instalando 40 mil
novas lâmpadas nos principais
corredores viários.
Das 525 mil lâmpadas da cidade, 150 mil queimam, anualmente, por fim da vida útil, vandalismo ou curtos-circuitos. "São Paulo sempre teve de 7% a 10% de
suas lâmpadas apagadas. Hoje,
trabalhamos com uma margem
de 2% a 3%", diz o Ilume. A nota
afirma ainda que as reclamações
são atendidas em quatro dias
úteis, mas que os casos mais graves podem levar mais tempo.
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