São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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SP tem ruas sem luz há 15 dias

DO "AGORA"

Faz 15 dias que moradores de três ruas em Pirituba (zona norte) convivem com a escuridão para chegar em casa. Em meados de fevereiro, todas as lâmpadas das ruas Antônio Corrêa, Antônio Armando e Donato pararam de acender de uma noite para outra.
Os moradores dizem que fizeram constantes apelos à Prefeitura de São Paulo, mas que o caso não foi resolvido -embora os atendentes do serviço telefônico municipal 156 digam que o caso consta como solucionado.
Cobrada desde maio do ano passado, a taxa de luz -de R$ 3,50 ao mês para imóveis residenciais e de R$ 11 para não-residenciais-, tem como objetivo ajudar no custeio da manutenção e ampliação do serviço de iluminação pública.
A cobrança também bancaria, em parte, a troca das atuais lâmpadas de mercúrio usadas nas ruas pelas de vapor de sódio, que, segundo a prefeitura, iluminam até seis vezes mais que as outras.
No ano passado, foram arrecadados R$ 93,4 milhões com a taxa de luz. O valor mensal gasto com manutenção dos pontos de iluminação é de R$ 2,5 milhões.
Os moradores se queixam que os problemas acontecem com mais freqüência desde o início da cobrança da taxa -que, no ano passado, chegou a ser barrada temporariamente pela Justiça.
"Minha rua [a Major Baracca, no Jaçanã] está sem luz desde 15 de janeiro. Já fiz três reclamações. Pago todo mês. O que justifica ficar no escuro?", questiona a aposentada Leonor Kusdra, 52, que agora tem medo de sair à noite.

Outro lado
O Ilume (Departamento de Iluminação Pública) informou, por meio de sua assessoria, que as chuvas na cidade fazem aumentar as solicitações para manutenção de iluminação pública, mas que são feitas cerca de 300 trocas de lâmpadas diariamente, além de a prefeitura estar instalando 40 mil novas lâmpadas nos principais corredores viários.
Das 525 mil lâmpadas da cidade, 150 mil queimam, anualmente, por fim da vida útil, vandalismo ou curtos-circuitos. "São Paulo sempre teve de 7% a 10% de suas lâmpadas apagadas. Hoje, trabalhamos com uma margem de 2% a 3%", diz o Ilume. A nota afirma ainda que as reclamações são atendidas em quatro dias úteis, mas que os casos mais graves podem levar mais tempo.


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