São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2004

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Seringa reforça tese de ato doloso

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma seringa com agulha encontrada no local destinado aos porcos-espinhos no Zoológico de São Paulo reforçou ainda mais a tese da polícia de crime doloso (com intenção).
"Você há de convir que é sugestivo encontrar uma seringa com agulha no local onde os bichos passaram a morrer", afirma o delegado Clóvis Ferreira de Araújo.
Os peritos, segundo ele, vão tentar saber se a seringa foi usada no envenenamento.
Antes da confirmação da morte dos 61 animais, a polícia trabalhava com cinco suspeitos. Logo depois, com a morte dos porcos-espinhos, a polícia incluiu três funcionários responsáveis pelo atendimento a esses animais na lista de investigados.
O veneno que matou os animais, o monofluoracetato de sódio, é vendido à indústria química, explica Henrique Toma, professor titular de química inorgânica do Instituto de Química da USP. "Qualquer indústria química poderia adquirir, está em qualquer catálogo de venda de reagente. Na indústria química não está banido." A comercialização só é proibida na forma de produtos comuns, como raticidas.
Segundo Toma, o monofluoracetato é utilizado em processos de síntese pela indústria.
A venda só pode ocorrer para o setor, pois é uma substância letal mesmo em pequenas quantidades, explica.


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