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2ª fase da Fuvest pode cobrar todas as disciplinas
Grupo criado por pró-reitoria analisa reformulação na prova; segunda fase duraria 3 dias
Projeto propõe que nota da primeira fase não conte no resultado final; mudança traria características dos anos 1990 de volta ao vestibular
DA REPORTAGEM LOCAL
A USP (Universidade de São
Paulo) analisa um projeto que
reformula a prova da Fuvest -o
maior vestibular do país-,
transformando-a, em alguns
aspectos, no que ela era até
meados dos anos 1990. A discussão está a cargo de um grupo
criado pela Pró-Reitoria de
Graduação.
Entre as mudanças em análise está a utilização da nota da
primeira fase, que hoje conta
no resultado final do vestibular. A ideia é que a primeira etapa seja eliminatória -funcionaria como um filtro e sua nota
não seria contabilizada.
Outro ponto proposto é que a
segunda fase, que é dissertativa, seja realizada com todas as
disciplinas do ensino médio -e
não só com um exame de português, uma redação e matérias
ligadas à carreira escolhida pelo candidato, como foi feito até
o último vestibular.
A segunda fase, de acordo
com a proposta, terá três dias:
no primeiro, exame de português e redação; no segundo,
prova com 18 questões de todas
as matérias, incluindo exercícios interdisciplinares; e, no
terceiro dia, seriam cobradas
duas disciplinas ligadas à carreira escolhida.
A proposta também sugere
que o candidato possa ter, como segunda opção, uma carreira diferente da área escolhida
na inscrição.
"Em estudo"
A Pró-Reitoria de Graduação
só se manifestou por nota. Afirmou que "as propostas ainda
estão em estudo" e deverão ser
decididas pelo Conselho de
Graduação -que é formado por
presidentes de comissões de
graduação- em abril ou maio.
A Fuvest, que organiza o vestibular da USP, participou de
discussões, mas apenas como
órgão consultor, segundo Roberto Costa, coordenador do
órgão. "Participaremos depois,
na execução", disse.
"Isso que está em discussão
não é nenhuma transformação
radical, é um retorno ao que já
era", disse Carlos Eduardo Bindi, coordenador do cursinho
Etapa, referindo-se à época em
que a fase inicial não contava
pontos e a segunda etapa tinha
todas as disciplinas.
Esses pontos foram reformulados em meados de 1990 porque "o formato anterior [que tinha todas as disciplinas na segunda fase] era injusto", segundo o que Alceu Gonçalves Pinho Filho, diretor da Fuvest na
época, afirmou em 1994.
Segundo Bindi, o processo
mudou, entre outros motivos,
por questões econômicas. "Como a primeira fase já era geral,
era mais barato fazer a segunda
com menos disciplinas", afirmou. "Aí, como a Fuvest é uma
prova geral, tinha de contabilizar a primeira fase."
Nicolau Marmo, coordenador-geral do Anglo, não aprovou as propostas em discussão.
"A Fuvest é o melhor vestibular
do país, e em time que está ganhando não se mexe", afirmou.
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