São Paulo, terça-feira, 03 de abril de 2007

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Venda de pacotes aéreos na Páscoa cai até 40% em relação a 2006

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Nunca a Páscoa foi tão amarga para os agentes de viagem: a crise do setor aéreo provocou queda de 30% a 40% na venda de pacotes e passagens aéreas em relação ao mesmo período de 2006, segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
Para o vice-presidente da Abav, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o setor não se recuperou desde o "apagão do Natal" e sofreu ainda mais com a greve detonada pelos controladores de vôo na última sexta-feira. "As vendas para a Semana Santa já estavam fracas. Ficaram piores ainda depois do que aconteceu na sexta e no sábado.
Ninguém quer viajar. Quem vai pagar para sofrer?", disse Ferreira, que é dono de uma agência de viagens no Rio. Segundo ele, boa parte das pessoas optou por gastar o dinheiro com outro serviço ou produto -uma TV de plasma, por exemplo- ou fazer viagens mais curtas de carro ou ônibus.
O crescimento das viagens rodoviárias, no entanto, não compensa a queda nas vendas de pacotes aéreos. É que as agências praticamente não comercializam esse tipo de produto, em razão da burocracia e da má condição das estradas.
Segundo José Zuquim, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), quem pretende programar uma viagem deve se informar sobre reembolso. Ele explica que, quando um passageiro fica horas no aeroporto e não consegue embarcar, pode desistir e procurar a agência depois para obter reembolso. O valor pode chegar a 100% se os fornecedores isentarem a agência de multas.
Mas não adianta querer cancelar com poucos dias de antecedência. Nesse caso, vai pagar todas as multas previstas em contrato. "A pessoa não pode desistir por suposição de crise."


Colaborou CONSTANÇA TATSCH, da Reportagem Local


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