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Venda de pacotes aéreos na Páscoa cai até 40% em relação a 2006
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Nunca a Páscoa foi tão amarga para os agentes de viagem: a
crise do setor aéreo provocou
queda de 30% a 40% na venda
de pacotes e passagens aéreas
em relação ao mesmo período
de 2006, segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências
de Viagens).
Para o vice-presidente da
Abav, Carlos Alberto Amorim
Ferreira, o setor não se recuperou desde o "apagão do Natal" e
sofreu ainda mais com a greve
detonada pelos controladores
de vôo na última sexta-feira.
"As vendas para a Semana
Santa já estavam fracas. Ficaram piores ainda depois do que
aconteceu na sexta e no sábado.
Ninguém quer viajar. Quem vai
pagar para sofrer?", disse Ferreira, que é dono de uma agência de viagens no Rio.
Segundo ele, boa parte das
pessoas optou por gastar o dinheiro com outro serviço ou
produto -uma TV de plasma,
por exemplo- ou fazer viagens
mais curtas de carro ou ônibus.
O crescimento das viagens
rodoviárias, no entanto, não
compensa a queda nas vendas
de pacotes aéreos. É que as
agências praticamente não comercializam esse tipo de produto, em razão da burocracia e
da má condição das estradas.
Segundo José Zuquim, presidente da Braztoa (Associação
Brasileira das Operadoras de
Turismo), quem pretende programar uma viagem deve se informar sobre reembolso.
Ele explica que, quando um
passageiro fica horas no aeroporto e não consegue embarcar, pode desistir e procurar a
agência depois para obter
reembolso. O valor pode chegar
a 100% se os fornecedores isentarem a agência de multas.
Mas não adianta querer cancelar com poucos dias de antecedência. Nesse caso, vai pagar
todas as multas previstas em
contrato. "A pessoa não pode
desistir por suposição de crise."
Colaborou CONSTANÇA TATSCH, da Reportagem Local
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