São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia prendeu 3 suspeitos

da Reportagem Local

As investigações da força-tarefa sobre a falsificação de documentos já resultaram na prisão de pelo menos três pessoas no últimos dois meses em São Paulo.
Os casos envolvem assaltos a cartórios de registros civis, postos do Detran em shoppings da capital e a Ciretrans (Circunscrições Regional do Trânsito), todos registrados nos primeiros três meses deste ano.
Uma das prisões foi de dois homens, não identificados pela força-tarefa, que chefiariam um escritório de despachantes irregulares na Estação da Luz, em São Paulo, em março deste ano.
De acordo com os delegados-corregedores que atuam na força-tarefa do Detran, o caso será mantido sob sigilo para que a Polícia Civil consiga chegar ao restante da quadrilha, que teria conexões com outros esquemas de falsificações no Estado.
Os dois homens foram flagrados com selos de autenticação de cartórios. O escritório "autenticaria" documentos fantasmas produzidos por outras quadrilhas, de acordo com os delegados-corregedores.
O Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais) descobriu, na semana passada, um esquema que funciona como uma espécie de "disque-documentos", na região central de São Paulo.
Policiais obtiveram números de celulares de falsários, se passaram por compradores, marcaram um encontro para efetivar o negócio, e prenderam um homem que vendia CRLVs (Certidões de Registro de Licenciamento de Veículos), o documento de porte obrigatório para os motoristas. O documento custaria R$ 100,00.
Segundo o delegado do Depatri Mauro Gomes Dias informou na semana passada, foram apreendidas mais de 70 espelhos desses documentos com o suspeito.
Os documentos tinham sido furtados da Ciretran (Circunscrição Regional do Trânsito) de Taubaté (134 km de São Paulo), segundo Dias.
As identidades dos três homens que estão presos são protegidas pela força-tarefa. A Folha não obteve acesso aos inquéritos, que estão sob sigilo de Justiça.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública informou ontem que as polícias não atuam na verificação da numeração de selos, mas sim no esclarecimento dos casos de furtos e roubos citados pela força-tarefa.


Texto Anterior: Investigação: Polícia apura derrame de falsificações
Próximo Texto: Fraudador muda estratégia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.