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SEQUESTRO
Caseiro é suspeito de matar Geraldo Loreti
Polícia encontra corpo de executivo
GILMAR PENTEADO
da Reportagem Local
A Polícia Civil de Ibiúna (70 quilômetros de São Paulo) prendeu
um suspeito da morte do executivo Geraldo Evangelista Loreti, 54.
O corpo da vítima foi encontrado
ontem pela manhã. Diretor financeiro da Corn Produtcs do Brasil,
Loreti desapareceu no domingo.
Segundo a polícia, o caseiro
Francisco de Jesus da Costa, 21,
estaria com um cheque da vítima
e teria confessado participação no
crime. Mas Francisco alegou que
foi seu irmão, Jurandir da Costa,
19, que matou o executivo no domingo. A polícia afirma que os
dois o mataram para roubar.
O corpo de Loreti foi encontrado caído numa ribanceira, próximo de um riacho, na fazenda Itaquapeva, a dez quilômetros do sítio do executivo.
Loreti tinha quatro ferimentos
na cabeça, provocados provavelmente por golpes de facão ou pedaço de pau, segundo a polícia.
O corpo foi reconhecido pela
mulher de Loreti, a dona-de-casa
Marinalva de Lourdes, 53, e por
dois filhos do casal.
Segundo Marinalva, eles foram
surpreendidos no sítio por volta
do meio-dia por dois homens encapuzados, armados com revólveres, paus e facão.
Loreti foi obrigado a assinar um
cheque no valor de R$ 1.500 e
também teve roubada uma pequena quantia em dinheiro. O automóvel Tempra, usado na fuga,
foi encontrado no bairro Rio Diúna, no outro lado da cidade.
Marinalva disse à polícia que o
marido foi deixado em um lugar
deserto e depois ela foi deixada na
rodoviária de Ibiúna. Anteontem,
a polícia chegou a duvidar da versão e trabalhou com a hipótese de
ela estar envolvida no crime.
Os policiais encontraram o corpo às 11h30 de ontem, a partir das
informações fornecidas pela dona-de-casa. O delegado de Ibiúna
-pequeno município de 80 mil
habitantes- , José Chaves de Mello, disse que iria pedir a prisão
temporária de Francisco ainda na
noite de ontem.
A polícia realizou novas buscas
à noite, mas não conseguiu localizar Jurandir. Segundo o delegado,
os dois irmãos conheciam o executivo. "Mas não houve premeditação. Parece que eles decidiram o
roubo na hora, por impulso", afirmou Mello.
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