São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2000


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SEQUESTRO
Caseiro é suspeito de matar Geraldo Loreti
Polícia encontra corpo de executivo


GILMAR PENTEADO
da Reportagem Local

A Polícia Civil de Ibiúna (70 quilômetros de São Paulo) prendeu um suspeito da morte do executivo Geraldo Evangelista Loreti, 54. O corpo da vítima foi encontrado ontem pela manhã. Diretor financeiro da Corn Produtcs do Brasil, Loreti desapareceu no domingo.
Segundo a polícia, o caseiro Francisco de Jesus da Costa, 21, estaria com um cheque da vítima e teria confessado participação no crime. Mas Francisco alegou que foi seu irmão, Jurandir da Costa, 19, que matou o executivo no domingo. A polícia afirma que os dois o mataram para roubar.
O corpo de Loreti foi encontrado caído numa ribanceira, próximo de um riacho, na fazenda Itaquapeva, a dez quilômetros do sítio do executivo.
Loreti tinha quatro ferimentos na cabeça, provocados provavelmente por golpes de facão ou pedaço de pau, segundo a polícia.
O corpo foi reconhecido pela mulher de Loreti, a dona-de-casa Marinalva de Lourdes, 53, e por dois filhos do casal.
Segundo Marinalva, eles foram surpreendidos no sítio por volta do meio-dia por dois homens encapuzados, armados com revólveres, paus e facão.
Loreti foi obrigado a assinar um cheque no valor de R$ 1.500 e também teve roubada uma pequena quantia em dinheiro. O automóvel Tempra, usado na fuga, foi encontrado no bairro Rio Diúna, no outro lado da cidade.
Marinalva disse à polícia que o marido foi deixado em um lugar deserto e depois ela foi deixada na rodoviária de Ibiúna. Anteontem, a polícia chegou a duvidar da versão e trabalhou com a hipótese de ela estar envolvida no crime.
Os policiais encontraram o corpo às 11h30 de ontem, a partir das informações fornecidas pela dona-de-casa. O delegado de Ibiúna -pequeno município de 80 mil habitantes- , José Chaves de Mello, disse que iria pedir a prisão temporária de Francisco ainda na noite de ontem.
A polícia realizou novas buscas à noite, mas não conseguiu localizar Jurandir. Segundo o delegado, os dois irmãos conheciam o executivo. "Mas não houve premeditação. Parece que eles decidiram o roubo na hora, por impulso", afirmou Mello.


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