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Força Sindical quer reunir 10 mil
pessoas por legalização dos bingos
Protesto está marcado para as 9h de amanhã no viaduto do Chá, centro de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Força Sindical espera reuniu 10 mil pessoas a partir das
9h de amanhã no viaduto do
Chá (centro de São Paulo), em
um ato pela regulamentação da
atividade de bingo no país.
O protesto tentará buscar
apoio para pressionar o governo federal e o Congresso normatize a atividade de bingo.
Na semana passada, o STF
(Supremo Tribunal Federal)
baixou súmulas que consideram que os Estados não podem
legislar sobre a atividade. A
competência, de acordo com o
STF, é exclusiva da União.
Os manifestantes pretendem
se deslocar até a Prefeitura de
São Paulo para tentar uma audiência com o prefeito Gilberto
Kassab (DEM).
Em seguida, a manifestação
vai se dirigir à Câmara Municipal de São Paulo, onde os líderes devem ser recebidos pelo
presidente da Casa, Antonio
Carlos Rodrigues (PR).
Segundo a Força Sindical, os
manifestantes irão para as ruas
uniformizados e portando a
carteira de trabalho, acompanhados por familiares.
Em nota, o presidente da
Força Sindical, Paulo Pereira
da Silva, disse que o fechamento dos bingos ameaça milhares
empregos no país. "Temos que
pensar no social e entender que
o setor emprega cerca de 320
mil trabalhadores", disse.
Dilema jurídico
O advogado da Abrabin, Ricardo Azevedo Leitão, criticou
a manifestação do ministro do
STF Marco Aurélio de Mello
sobre a condição jurídica dos
bingos. Em entrevista à Folha,
Mello disse que que o funcionamento das casas de bingo e
demais jogos de azar é "totalmente ilegal" e que cabe à polícia fechá-las.
""O Supremo está coberto de
razão. Mas as súmulas não
mandam polícia fechar bingo
nenhum, só estabelecem que
os Estados não podem legislar
sobre jogos", disse.
Segundo Leitão, não há nenhuma lei em vigor que tenha
colocado os bingos na ilegalidade. Porém, é necessário regulamentar a atividade.
""O artigo 170 da Constituição protege a atividade econômica. A não ser que seja criada
uma norma específica, a atividade fica respaldada pelo princípio de livre atividade econômica. Mas falta regulamentar."
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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