São Paulo, quarta, 3 de junho de 1998

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Para promotor, penas são justas

da Reportagem Local

O promotor que denunciou o motoboy e os dois policiais militares, Silvio Hiroshi Oyama, disse ontem que as penas determinadas pela Justiça aos três réus acusados do sequestro e morte do garoto Ives Ota "foram bem dosadas".
"Em dez anos de Ministério Público, eu nunca tinha visto um caso semelhante, tão dramático", afirmou o promotor.
Em sua denúncia, Oyama afirmou que o sequestro foi planejado pelo soldado da polícia militar Paulo de Tarso Dantas, que trabalhava como segurança em uma das lojas do pai de Ives, Massataka Ota.
Reconhecimento
Assim como o juiz José Luiz de Carvalho, o promotor sustenta que os acusados teriam decidido matar Ives porque o garoto teria reconhecido Dantas.
Segundo a denúncia, a negociação com a família foi feita pelos dois PMs.
"O denunciado Adelino Donizete Esteves (o motoboy) ofereceu-lhe (a Ives) um copo de leite com Nescau contendo comprimidos do remédio Lexotan macerados. Entorpecido, o menino adormeceu", relata a denúncia feita por Oyama.
"Em seguida, cavou uma cova no quarto da moradia e lá colocou o pequeno Ives ainda com vida. Na sequência, com incomensurável crueldade, efetuou dois disparos contra o rosto da indefesa vítima, matando-a."
(AL)


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