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EDUCAÇÃO
Há poucas perspectivas de pôr fim à paralisação; 30 das 52 universidades decidiram recusar a proposta do MEC
Greve das federais deixará alunos sem férias
FERNANDA DA ESCÓSSIA
em São Paulo
da Sucursal de Brasília
A greve das universidades federais vai deixar os estudantes sem
férias de verão. Se a paralisação
acabar até o final da semana que
vem, e as aulas recomeçarem na
metade de junho, o primeiro semestre terminará no final de agosto ou em meados de setembro.
O segundo semestre letivo poderia ser iniciado, então, em outubro, e as aulas se estenderiam até
janeiro ou fevereiro.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, disse ontem que os
professores deverão repor os dois
meses de aulas perdidas.
"Deve haver reposição em qualquer caso. É relativamente simples
repor aulas, basta fazer um remanejamento do calendário escolar."
Com esse remanejamento, o ministro disse acreditar que não há
possibilidade de os estudantes
perderem o semestre ou o ano.
O calendário dependerá do que
os professores decidirem sobre a
reposição de aulas. Tradicionalmente, a reposição é negociada ao
final da greve. Este ano, porém,
não há ainda uma definição.
"Nunca houve corte de salário
antes. Algumas assembléias locais
tiraram indicativos contra a reposição, porque não aceitaram os
cortes. Tudo terá que ser discutido
quando a greve acabar", disse
Maria Cristina de Morais, presidente da Andes, associação dos
docentes .
Não há perspectivas para o fim
da greve. Segundo a Andes, das 49
instituições que estão paradas
-de um total de 52 existentes- e
estavam em assembléias ontem,
30 já decidiram pela continuação.
O MEC elaborou uma proposta,
que será encaminhada hoje ao
Congresso Nacional, que oferece
uma gratificação de R$ 96 a R$
1.100 aos professores com mestrado ou doutorado.
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