|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Reposição é "remendo', diz CNE
em São Paulo
O presidente do CNE (Conselho
Nacional de Educação), Éfrem
Maranhão, disse que a reposição
de aulas é um "remendo" e não
supre a interrupção no aprendizado provocada pela greve.
Segundo Maranhão, a greve
trouxe "prejuízos sociais", porque atrasou o calendário letivo e
deixou sem salário professores
que realizam pesquisas no Brasil e
no exterior.
"Eles recebem as bolsas, mas
não os salários. Nunca puderam
optar se querem a greve. O ministro deveria pagar salários aos pesquisadores", afirmou.
Na avaliação dele, se a greve não
terminar até junho, os estudantes
perderão o semestre. "Não será
possível repor aulas só em julho,
janeiro e fevereiro, e o ano de 99
ficará comprometido", afirmou.
O presidente da Andifes (Associação Nacional de Dirigentes de
Instituições Federais de Ensino
Superior), José Ivonildo Rêgo,
disse que a reposição independe
da duração da greve.
"Poderá haver aulas aos sábados, dependendo da data em que
cada universidade parou e do currículo de cada curso", afirmou.
Para Rêgo, os prejuízos pedagógicos provocados pela greve são
"inegáveis, mas recuperáveis com
a reposição". Ele disse, porém,
considerar positivo o balanço da
paralisação.
"A greve trouxe discussões sobre a autonomia universitária e os
baixos salários. Salário não é problema sindical, é institucional",
afirmou.
(FE)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|