São Paulo, quarta, 3 de junho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Reposição é "remendo', diz CNE

em São Paulo

O presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), Éfrem Maranhão, disse que a reposição de aulas é um "remendo" e não supre a interrupção no aprendizado provocada pela greve.
Segundo Maranhão, a greve trouxe "prejuízos sociais", porque atrasou o calendário letivo e deixou sem salário professores que realizam pesquisas no Brasil e no exterior.
"Eles recebem as bolsas, mas não os salários. Nunca puderam optar se querem a greve. O ministro deveria pagar salários aos pesquisadores", afirmou.
Na avaliação dele, se a greve não terminar até junho, os estudantes perderão o semestre. "Não será possível repor aulas só em julho, janeiro e fevereiro, e o ano de 99 ficará comprometido", afirmou.
O presidente da Andifes (Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior), José Ivonildo Rêgo, disse que a reposição independe da duração da greve.
"Poderá haver aulas aos sábados, dependendo da data em que cada universidade parou e do currículo de cada curso", afirmou.
Para Rêgo, os prejuízos pedagógicos provocados pela greve são "inegáveis, mas recuperáveis com a reposição". Ele disse, porém, considerar positivo o balanço da paralisação.
"A greve trouxe discussões sobre a autonomia universitária e os baixos salários. Salário não é problema sindical, é institucional", afirmou. (FE)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.