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SAÚDE
As descobertas científicas na área das doenças degenerativas são o tema de congresso internacional no Rio
Vitaminas B e D retardam envelhecimento
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
O avanço da idade não precisa,
necessariamente, significar a perda progressiva da memória e o
surgimento das doenças degenerativas do cérebro.
Pesquisas científicas mostram
que o uso de substâncias como as
vitaminas B e D e alguns tipos de
hormônios, aliado ao cuidado
com a alimentação, pode retardar
o envelhecimento cerebral.
As descobertas científicas na
área das doenças degenerativas
são o tema do 2º Congresso Internacional de Envelhecimento e
Performance Cerebral, que começa amanhã, no Hotel Glória (zona
sul do Rio).
"Já existem substâncias que podem ser usadas na prevenção da
perda de memória que surge com
o avanço da idade ou decorrente
de doenças como o mal de Alzheimer", explica a endocrinologista
Denise Quinet Pifano, uma das organizadoras do congresso.
A utilização da vitamina D é um
exemplo. Descobertas recentes indicam que sua utilização pode estimular a produção do NGF (fator
de crescimento neuronal).
O NGF, descoberto há cerca de
um ano, é uma substância produzida pelo cérebro e que aumenta a
regeneração do tecido nervoso.
"Mas é preciso ter cuidado e utilizar a vitamina com acompanhamento médico. Usada em excesso,
a vitamina D pode ser tóxica."
Uma alternativa, de acordo com
Denise, é a utilização da planta
chinesa ginkgo biloba. "Testes
mostram que ela aumenta a capacidade de memória sem que cause
efeitos colaterais."
Drogas inteligentes
Um dos estudos que serão apresentados durante o congresso discute a utilização das "drogas inteligentes" (ou "smart drugs") como uma forma de diminuir o
avanço da degeneração cerebral.
Para o psiquiatra Juarez Calegaro, a utilização de vitaminas do
complexo B e de outras substâncias que melhorem o desempenho
cerebral deve ser feita já a partir da
infância. "É melhor ampliar a capacidade cerebral desde cedo, para não ficar com ela abaixo da média ao envelhecer", afirma.
O psiquiatra diz que, nos Estados Unidos, começa a surgir uma
nova especialidade médica: a gerontopediatria.
"Desde pequenas as crianças
são acompanhadas e tratadas com
vitaminas e suplementos minerais
como forma de prevenção contra
doenças degenerativas cerebrais
no futuro", afirma.
Já a bioquímica alemã Eleonore
Blaurock-Bush apresentará os resultados de uma pesquisa que
mostra que os brasileiros apresentam índice altíssimo de intoxicação causada por chumbo, em
comparação com os índices de pacientes alemães e norte-americanos.
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