São Paulo, quarta, 3 de junho de 1998

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Alzheimer atinge mais a mulher

da Sucursal do Rio

O mal de Alzheimer, doença que causa degeneração progressiva do cérebro, atinge mais as mulheres do que os homens. Nos Estados Unidos, em cada cinco pessoas com diagnóstico de Alzheimer, três são mulheres.
Não há informações sobre o total de pessoas portadoras da doença no Brasil, mas nos EUA existem 4 milhões de casos diagnosticados -2,4 milhões em mulheres.
Uma das razões para a maior incidência da doença nas mulheres seria a redução da taxa de hormônios após a menopausa. "Há uma aceleração na perda de memória das mulheres depois da menopausa, e estudos mostram que uma terapia com reposição dos hormônios estrogênio e progesterona atenua os problemas", diz a endocrinologista Denise Quinet Pifano.
Segundo ela, as pesquisas sobre relação entre reposição hormonal e as doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer, começaram a se intensificar nos anos 90.
Hoje já se sabe que a terapia hormonal não é útil apenas para atenuar os sintomas da menopausa. Pode atuar na prevenção e atenuação dos efeitos das doenças degenerativas do cérebro, das doenças cardiovasculares e da osteoporose. Outra modificação trazida pela intensificação das pesquisas diz respeito ao tempo de utilização da terapia hormonal.
"Inicialmente falava-se em dez anos de uso por causa do risco de efeitos colaterais. Hoje, já se fala em utilização sem prazo determinado", afirma Pifano.



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