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Atrasos atingem até presidente da Infraero
José Carlos Pereira, que havia previsto normalização da situação nos aeroportos, enfrentou espera em suas viagens de ida e de volta
Sobre os problemas nos vôos em razão do clima no fim de semana, brigadeiro afirmou que "malha aérea foi para o espaço"
Danilo Verpa/Folha Imagem
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Passageiros observam o painel de informações no aeroporto de Congonhas, na zona sul de SP |
VINICIUS ABBATE
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao contrário da previsão feita pela Infraero no domingo, os
atrasos voltaram a acontecer
nos aeroportos ontem. Segundo o presidente da empresa, o
brigadeiro José Carlos Pereira,
os horários seriam normalizados ontem a partir do meio-dia.
Porém, até às 18h, 24,7% dos
vôos tinham sofrido atraso superior a uma hora. Ontem, nenhum órgão fez previsões sobre
a normalização das operações.
O próprio presidente da Infraero sofreu com os atrasos.
Enfrentou três horas de espera
no aeroporto de Brasília, antes
de seguir para o Rio de Janeiro
para compromisso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com embarque agendado
para as 7h, o vôo, da empresa
Gol, partiu às 10h15. "Não é a
primeira vez que isso acontece", disse Pereira. À noite, ele
voltou a ter problemas. Seu vôo
de volta a Brasília, marcado inicialmente para as 19h, foi remarcado para as 21h15.
Ao se referir ao nevoeiro que
fechou os três principais aeroportos de São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos)
durante o final de semana, o
brigadeiro afirmou que a "malha aérea foi para o espaço".
"Numa área onde há grande
concentração de rotas, a organização acabou. Qualquer nevoeiro em São Paulo tem conseqüências em todo país."
Pereira atribuiu os atrasos do
final de semana a condições
meteorológicas, ociosidade de
alguns aeroportos e problemas
de gestão. "Não é possível cobrar qualidade de empresas aéreas que precisam fazer de três
a quatro escalas por destino. É
preciso repensar as rotas, com
mais saídas dos aeroportos."
Anunciados como saída para
desafogar o tráfego aéreo e aumentar a segurança no controle dos vôos, apenas dois dos
quatro tubulões que entrariam
em operação neste período de
crise estão funcionando. A FAB
confirmou ontem que os tubulões que ligam SP ao Nordeste,
nas duas mãos, estão em operação. Os demais funcionarão
quando houver demanda.
A Folha apurou que membros da FAB responsabilizaram as companhias aéreas por
agravar os atrasos do fim de semana. Segundo os militares, as
empresas estão mantendo suas
aeronaves dez minutos a mais
no solo para pousar e decolar
novamente. O tempo médio de
um avião no pátio saltou de 40
minutos para 50 minutos.
Colaborou KLEBER TOMAZ, da Reportagem Local
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