São Paulo, terça-feira, 03 de julho de 2007

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Atrasos atingem até presidente da Infraero

José Carlos Pereira, que havia previsto normalização da situação nos aeroportos, enfrentou espera em suas viagens de ida e de volta

Sobre os problemas nos vôos em razão do clima no fim de semana, brigadeiro afirmou que "malha aérea foi para o espaço"

Danilo Verpa/Folha Imagem
Passageiros observam o painel de informações no aeroporto de Congonhas, na zona sul de SP


VINICIUS ABBATE
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao contrário da previsão feita pela Infraero no domingo, os atrasos voltaram a acontecer nos aeroportos ontem. Segundo o presidente da empresa, o brigadeiro José Carlos Pereira, os horários seriam normalizados ontem a partir do meio-dia. Porém, até às 18h, 24,7% dos vôos tinham sofrido atraso superior a uma hora. Ontem, nenhum órgão fez previsões sobre a normalização das operações.
O próprio presidente da Infraero sofreu com os atrasos. Enfrentou três horas de espera no aeroporto de Brasília, antes de seguir para o Rio de Janeiro para compromisso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com embarque agendado para as 7h, o vôo, da empresa Gol, partiu às 10h15. "Não é a primeira vez que isso acontece", disse Pereira. À noite, ele voltou a ter problemas. Seu vôo de volta a Brasília, marcado inicialmente para as 19h, foi remarcado para as 21h15. Ao se referir ao nevoeiro que fechou os três principais aeroportos de São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos) durante o final de semana, o brigadeiro afirmou que a "malha aérea foi para o espaço".
"Numa área onde há grande concentração de rotas, a organização acabou. Qualquer nevoeiro em São Paulo tem conseqüências em todo país." Pereira atribuiu os atrasos do final de semana a condições meteorológicas, ociosidade de alguns aeroportos e problemas de gestão. "Não é possível cobrar qualidade de empresas aéreas que precisam fazer de três a quatro escalas por destino. É preciso repensar as rotas, com mais saídas dos aeroportos." Anunciados como saída para desafogar o tráfego aéreo e aumentar a segurança no controle dos vôos, apenas dois dos quatro tubulões que entrariam em operação neste período de crise estão funcionando. A FAB confirmou ontem que os tubulões que ligam SP ao Nordeste, nas duas mãos, estão em operação. Os demais funcionarão quando houver demanda.
A Folha apurou que membros da FAB responsabilizaram as companhias aéreas por agravar os atrasos do fim de semana. Segundo os militares, as empresas estão mantendo suas aeronaves dez minutos a mais no solo para pousar e decolar novamente. O tempo médio de um avião no pátio saltou de 40 minutos para 50 minutos.


Colaborou KLEBER TOMAZ, da Reportagem Local


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