da Reportagem Local

A USP nunca, em sua história, puniu alunos por excessos em trotes. A informação, fornecida pela assessoria de imprensa da universidade, pode deixar de ser verdadeira quando forem decididas as punições para os quatro alunos da Faculdade de Medicina apontados no relatório final da comissão de sindicância da faculdade por terem praticado trote violento.
A Folha apurou que há, na reitoria da universidade, uma forte disposição em fazer com que esses alunos sejam expulsos.
Segundo o relatório da comissão, os veteranos cometeram excessos ao fazer a "brincadeira da colher", em que um veterano e um calouro, cada um com uma colher na boca, tentam bater com o talher na cabeça do outro, enquanto um terceiro veterano fica atrás do calouro acertando-o com outra colher.
Outras brincadeiras, como a da "tiazinha", em que uma aluna depila as pernas dos calouros, e a de cortar a roupa, também foram consideradas excesso.
Os quatro estudantes apontados pela comissão foram os que admitiram ter participado do trote.
A partir da conclusão do relatório, será formada uma comissão processante para definir as punições a esses alunos. A USP informou que deve anunciar os membros - um representante da OAB, um professor da Faculdade de Direito e um da Medicina- na segunda-feira. Essa comissão de averiguação terá então de 30 a 45 dias para decidir as punições aos quatro veteranos. (MG)


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