São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Técnicas do "Supernanny", sucesso de público, dividem opiniões de educadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Sucesso de público, o reality show "Supernanny" divide a opinião de especialistas em educação. A cada semana, o programa gira em torno de uma família que vive no caos e pede socorro à babá que dá nome ao show. São pais que não sabem como educar os filhos.
A coordenadora pedagógica do colégio Santo Américo, Liamara Montagner, não concorda com a tática de dar recompensas aos filhos que aceitam obedecer aos pais. "Podem ganhar um prêmio quando lavam a louça. Mas há coisas, os princípios, que são inegociáveis."
Para ela, a babá resolve apenas os problemas de comportamento das crianças, sem identificar a raiz deles. "É como tomar uma aspirina e não ter a preocupação de descobrir a causa da dor de cabeça."
O psicólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília) Áderson Luiz Costa Junior vê o lado positivo do programa. "Quando mostra pessoas que buscaram ajuda, incentiva que os espectadores que vivenciam problemas em casa também busquem um profissional", diz.
A educadora argentina Cris Poli, 63, que interpreta a babá do SBT, diz que ouve críticas ao programa, mas que não se importa. "Os participantes continuam em contato comigo. A avaliação das famílias é que 85% do que é mudado na casa permanece após o programa."
Andressa Batanov, 30, não se queixa. Ela recorreu à babá e viu seus quatro filhos virarem anjinhos. "Não há dinheiro que pague a felicidade da nossa família. Sozinhos, não conseguiríamos mudar nada." (RW)


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