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Técnicas do "Supernanny", sucesso de público, dividem opiniões de educadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Sucesso de público, o reality show "Supernanny" divide a opinião de especialistas
em educação. A cada semana, o programa gira em torno
de uma família que vive no
caos e pede socorro à babá
que dá nome ao show. São
pais que não sabem como
educar os filhos.
A coordenadora pedagógica do colégio Santo Américo,
Liamara Montagner, não
concorda com a tática de dar
recompensas aos filhos que
aceitam obedecer aos pais.
"Podem ganhar um prêmio
quando lavam a louça. Mas
há coisas, os princípios, que
são inegociáveis."
Para ela, a babá resolve
apenas os problemas de
comportamento das crianças, sem identificar a raiz deles. "É como tomar uma aspirina e não ter a preocupação de descobrir a causa da
dor de cabeça."
O psicólogo e professor da
UnB (Universidade de Brasília) Áderson Luiz Costa Junior vê o lado positivo do
programa. "Quando mostra
pessoas que buscaram ajuda,
incentiva que os espectadores que vivenciam problemas em casa também busquem um profissional", diz.
A educadora argentina
Cris Poli, 63, que interpreta a
babá do SBT, diz que ouve
críticas ao programa, mas
que não se importa. "Os participantes continuam em
contato comigo. A avaliação
das famílias é que 85% do
que é mudado na casa permanece após o programa."
Andressa Batanov, 30, não
se queixa. Ela recorreu à babá e viu seus quatro filhos virarem anjinhos. "Não há dinheiro que pague a felicidade da nossa família. Sozinhos, não conseguiríamos
mudar nada."
(RW)
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