São Paulo, domingo, 03 de agosto de 2008

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Avanço das cidades foi maior em emprego e renda do que em saúde

Em cinco anos, índice de desenvolvimento dos municípios subiu 19,73%

DA SUCURSAL DO RIO

De 2000 a 2005, o índice de desenvolvimento dos municípios avançou 19,73% e passou de 0,5954 ponto para 0,7129 ponto. O avanço no patamar de desenvolvimento não ocorreu em ritmos similares na educação, saúde e emprego e renda.
A metodologia do índice permite que se analise em separado cada uma das variáveis medidas pela Firjan. O índice de emprego e renda dos municípios avançou 42,37% e chegou a 0,6960 em 2005. Na avaliação de João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, a mudança é resultado do aumento do emprego industrial no interior nos últimos anos.
"Existem diversos elementos que favoreceram essa maior abertura de vagas no interior, desde a questão de incentivos para a atração de empregos até questões ambientais e possibilidade de oferecer salários menores em algumas regiões."
O índice não capta a evolução do emprego informal, que ainda tem peso expressivo na oferta de vagas. Em razão do objetivo do índice de acompanhar a evolução anual dos municípios, a Firjan considerou dados como a geração e o estoque de emprego formal e os salários médios do emprego formal.
Desde 2000, o avanço na educação foi de 17,02%, e o índice chegou a 0,6850. Neste caso, no entanto, um dos indicadores foi repetido para o ano 2000, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), porque ele só tem dados a partir de 2005.
O índice de saúde avançou apenas 6% em cinco anos, mas é também o que já alcançou maior patamar: 0,7576. A Firjan considerou número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas e óbitos infantis por causas evitáveis.
A análise dos dados mostra que, na lista dos dez municípios que mais avançaram desde 2000, cinco são do Piauí, mas todos ainda com patamares de desenvolvimento entre baixo e regular. O município que mais avançou, Capitão Gervásio de Oliveira, por exemplo, passou de 0,1252 em 2000 para 0,4232 em 2005. Segundo Patrick Carvalho, chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, os números são influenciados pela base baixa. "É uma questão de nível de variação. Se o patamar é baixo qualquer variação faz diferença", disse.


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