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São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2003

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TERCEIRO SETOR

Comercial tem "Terra"

ONG de fotógrafo ganha campanha com Caetano

DA REPORTAGEM LOCAL

Sebastião Salgado já era universal quando quis cantar sua aldeia. No caso do mineiro de 59 anos, um dos principais fotógrafos da atualidade, a aldeia em questão era uma fazenda em Aymorés, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, onde cresceu. E o que havia para cantar (e fotografar) não era nada bom.
Durante toda a segunda metade do século passado, o local, um dos últimos representantes da mata atlântica nativa brasileira, havia sido dizimado pelo desmatamento na região do Vale do Rio Doce. Do desejo e da necessidade de recuperá-lo nasceu a ONG Instituto Terra, cuja campanha publicitária foi lançada ontem em São Paulo.
Nos últimos anos, a entidade já reflorestou 200 hectares dos 700 totais, plantando 470 mil árvores de 160 espécies diferentes. Com orçamento anual de US$ 500 mil, que vem da prefeitura local, do Banco Mundial e, na maior parte, de doações de pelo menos meia centena de empresas, a ONG é hoje o maior projeto de desenvolvimento sustentado do vale.
"Faltava divulgar mais", disse à Folha o fotógrafo, ontem, ao lado da co-fundadora da ONG, a sua mulher, Lélia Wanick, 54. É o que acontece a partir da segunda quinzena deste mês, em campanha da W/Brasil. São cinco filmes, 11 anúncios e três spots, veiculados até dezembro. A trilha é "Terra", de Caetano Veloso, que cede uma música pela primeira vez à publicidade. As fotos, inéditas, são de Salgado. (SÉRGIO DÁVILA)


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