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TERCEIRO SETOR
Comercial tem "Terra"
ONG de fotógrafo ganha campanha com Caetano
DA REPORTAGEM LOCAL
Sebastião Salgado já era universal quando quis cantar sua aldeia.
No caso do mineiro de 59 anos,
um dos principais fotógrafos da
atualidade, a aldeia em questão
era uma fazenda em Aymorés, na
divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, onde cresceu. E o
que havia para cantar (e fotografar) não era nada bom.
Durante toda a segunda metade
do século passado, o local, um dos
últimos representantes da mata
atlântica nativa brasileira, havia
sido dizimado pelo desmatamento na região do Vale do Rio Doce.
Do desejo e da necessidade de recuperá-lo nasceu a ONG Instituto
Terra, cuja campanha publicitária
foi lançada ontem em São Paulo.
Nos últimos anos, a entidade já
reflorestou 200 hectares dos 700
totais, plantando 470 mil árvores
de 160 espécies diferentes. Com
orçamento anual de US$ 500 mil,
que vem da prefeitura local, do
Banco Mundial e, na maior parte,
de doações de pelo menos meia
centena de empresas, a ONG é hoje o maior projeto de desenvolvimento sustentado do vale.
"Faltava divulgar mais", disse à
Folha o fotógrafo, ontem, ao lado
da co-fundadora da ONG, a sua
mulher, Lélia Wanick, 54. É o que
acontece a partir da segunda
quinzena deste mês, em campanha da W/Brasil. São cinco filmes,
11 anúncios e três spots, veiculados até dezembro. A trilha é "Terra", de Caetano Veloso, que cede
uma música pela primeira vez à
publicidade. As fotos, inéditas,
são de Salgado.
(SÉRGIO DÁVILA)
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