São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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BRUNO GAMBERINI (1950-2011)

Brincava de rezar missas em latim

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Quando tinha uns dez anos, Bruno Gamberini gostava de uma brincadeira nada comum para crianças de sua idade: fazer de conta que rezava missas em latim.
A influência vinha da família, muito religiosa, que sempre o levava à igreja em Matão (SP), sua cidade natal.
Poucos anos depois, em 1968, transformou a diversão em algo sério: foi fazer o ensino médio -na época, segundo grau- no Seminário Diocesano de São Carlos (SP), onde também estudou filosofia. Três anos mais tarde, mudou-se para Curitiba (PR), onde cursou teologia, canto coral e regência.
Como religioso, assumiu várias funções e trabalhou em diversas cidades.
Em 1995, foi nomeado bispo de Bragança Paulista (SP), onde organizou, cinco anos depois, uma campanha para recuperar peças históricas da antiga catedral, demolida em 1965, que foram doadas às famílias da cidade.
Em 2004, assumiu a arquidiocese de Campinas (SP). Sempre muito brincalhão -costumava dizer que tinha um "ar caipira"-, começou seu discurso de nomeação como arcebispo, rindo, com a seguinte frase: "Quando passava pela região de Campinas e via essa enormidade, essa grandeza de povo e de desafios, sempre rezava a Deus pelo novo arcebispo que o papa nomearia. E não é que fui eu o escolhido?".
No mesmo ano, também tornou-se grão-chanceler da PUC-Campinas.
Sofria de síndrome metabólica. Morreu no domingo (28), aos 61 anos. A missa do sétimo dia será realizada hoje, às 10h, na catedral metropolitana de Campinas.

coluna.obituario@uol.com.br


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