da Reportagem Local

Estudo feito no município de Ribeirão Preto (319 km de São Paulo) mostrou que 50% dos pontos-de-venda de verduras da cidade tinham problemas de contaminação com coliformes fecais.
O mesmo levantamento -realizado pela Universidade de São Paulo e pela Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto- também indicou que 20% das hortas da cidade tinham o mesmo problema. A secretaria interditou uma horta e forçou as outras a começar a cuidar melhor da higiene local.
A ingestão de verduras com coliformes fecais é uma das principais formas de contaminação do homem com ovos de tênia. Para isso, os coliformes têm que estar contaminados com os ovos. Se uma pessoa ingerir coliformes fecais que tenham ovos de tênia, ela pode desenvolver vários problemas neurológicos, como epilepsia, meningite, hipertensão craniana e alguns distúrbios psíquicos.
Os ovos da tênia também podem ser contraídos por falta de higiene pessoal (não lavar as mãos antes das refeições, por exemplo).
A equipe que investigou as hortas e pontos-de-venda analisou os coliformes fecais das verduras, mas não constatou ovos de tênia em nenhuma verdura.
"Naquele momento da análise, os coliformes não continham ovos de tênia, mas nada impede que eles estivessem contaminados em outros momentos", afirma Osvaldo Takayanagui, professor doutor de neurologia da USP de Ribeirão Preto e um dos responsáveis pela investigação.
O professor conta que o grande problema é forçar os pontos-de-venda de verduras a controlar melhor a higiene dos alimentos. "A Vigilância não tem poder para punir ou fechar esses estabelecimentos." Das pessoas que desenvolvem problemas neurológicos causados pelos ovos de tênia, 10% morrem. (LUCIA MARTINS)


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