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Setor vive fase conturbada
DA REPORTAGEM LOCAL
O Estatuto do Idoso, ao tentar
limitar os reajustes dos planos de
saúde para consumidores com
mais de 60 anos de idade, pôs
mais lenha na fogueira de um setor já em ebulição. As operadoras
desses planos alegam carregar
uma defasagem de 45,37% nos
seus preços.
Essa seria a diferença entre os
reajustes de preços do setor desde
1995 e o IGP-M (índice de inflação), segundo a Abramge (Associação Brasileira das Empresas de
Medicina de Grupo). Por isso, segundo analistas, qualquer mudança na área suscita uma nova
grita por aumentos.
Além disso, de acordo com dados da ANS (Agência Nacional de
Saúde), aproximadamente 4 milhões de usuários deixaram os
planos de saúde nos últimos cincos anos, em decorrência do desemprego.
Como cerca de 70% dos usuários são participantes de planos
coletivos, a crise do emprego fez
encolher as carteiras de clientes
desses planos.
Mercado parado
"O setor vive um cenário conturbado: há uma CPI dos planos
de saúde em andamento; há cerca
de dois meses o Supremo [Tribunal Federal] considerou inconstitucional a exigência de que os planos contratados antes de 1998
dessem as mesmas coberturas
que os novos; e agora o estatuto
vai exigir novas regulamentações
da ANS. É o caos", diz o advogado
José Luiz Toro da Silva.
Por conta de problemas regulatórios e econômicos, as seguradoras estão deixando o setor.
Hoje, apenas duas, Sul América
e Bradesco, vendem planos de
saúde individuais. De acordo com
João Alceu Amoroso Lima, diretor de saúde da Fenaseg, há dois
anos o mercado está parado: não
se vende nada.
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