São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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Acidente vitimou quatro pesquisadores

Joana Darc e Alexandre dos Santos eram do Inpa; Francisco Nart, da USP; e Marilene Bovi, do Instituto Agronômico de Campinas

"Ele era uma pessoa muito dinâmica e produtiva. Se a morte for confirmada, será uma grande perda", afirmou um colega de Nart

AFRA BALAZINA
FÁBIO TAKAHASHI
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A queda do vôo 1907 vitimou dois pesquisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), um da USP e outro do Instituto Agronômico de Campinas.
Joana Darc, 53, era doutora em biologia, com ênfase em ecologia. Nascida em Uberaba (MG), possuía dois filhos.
Além de integrar o Inpa, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, Darc também era professora da Universidade do Estado do Amazonas e coordenava o Programa Amazonas de Integração da Ciência no Interior.
Seu colega Alexandre Barbosa dos Santos, 34, era engenheiro florestal, doutor em ecologia pela Universidade de Brasília. Ele trabalhava no Experimento de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), sediado no Inpa. Coordenava um projeto em São Gabriel da Cachoeira e liderava pesquisas sobre micrometeorologia.
"Nosso grupo é formado por jovens pesquisadores como ele, todos solteiros, sozinhos em Manaus. Por essa razão, acabamos nos tornando quase que uma família. No trabalho, era um pouco reservado, mas na intimidade era divertido", conta a amiga Betania Oliveira, 26, pesquisadora do Inpa.
Segundo ela, Santos gostava de rock e costumava ouvir som muito alto, incomodando os vizinhos. "Saíamos juntos às sextas, sempre para a Choperia Fellice, daí porque seu apelido passou a ser Fellice", diz.

Professor da USP
O professor da USP Francisco Nart, 48, que viajou para Manaus na quarta-feira passada para avaliar os programas de pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas, foi outra perda na área científica.
Nart era chefe do departamento de físico-química USP em São Carlos (SP). Casado e com dois filhos, Nart fez pós-graduação em Harvard.
O diretor do Instituto de Química da USP de São Carlos, Edson Ticianelli, diz que Nart "era uma pessoa muito dinâmica e altamente produtiva no instituto. Se a morte for confirmada, será uma grande perda".
Também estava no vôo 1907 a pesquisadora Marilene Bovi, 58, do Instituto Agronômico de Campinas. Ela foi a Manaus participar de uma banca.


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