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Acidente vitimou quatro pesquisadores
Joana Darc e Alexandre dos Santos eram do Inpa; Francisco Nart, da USP; e Marilene Bovi, do Instituto Agronômico de Campinas
"Ele era uma pessoa muito dinâmica e produtiva. Se
a morte for confirmada,
será uma grande perda", afirmou um colega de Nart
AFRA BALAZINA
FÁBIO TAKAHASHI
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda do vôo 1907 vitimou
dois pesquisadores do Inpa
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), um da USP e
outro do Instituto Agronômico
de Campinas.
Joana Darc, 53, era doutora
em biologia, com ênfase em
ecologia. Nascida em Uberaba
(MG), possuía dois filhos.
Além de integrar o Inpa, órgão vinculado ao Ministério da
Ciência e Tecnologia, Darc
também era professora da Universidade do Estado do Amazonas e coordenava o Programa
Amazonas de Integração da
Ciência no Interior.
Seu colega Alexandre Barbosa dos Santos, 34, era engenheiro florestal, doutor em ecologia
pela Universidade de Brasília.
Ele trabalhava no Experimento
de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA),
sediado no Inpa. Coordenava
um projeto em São Gabriel da
Cachoeira e liderava pesquisas
sobre micrometeorologia.
"Nosso grupo é formado por
jovens pesquisadores como ele,
todos solteiros, sozinhos em
Manaus. Por essa razão, acabamos nos tornando quase que
uma família. No trabalho, era
um pouco reservado, mas na
intimidade era divertido", conta a amiga Betania Oliveira, 26,
pesquisadora do Inpa.
Segundo ela, Santos gostava
de rock e costumava ouvir som
muito alto, incomodando os vizinhos. "Saíamos juntos às sextas, sempre para a Choperia Fellice, daí porque seu apelido
passou a ser Fellice", diz.
Professor da USP
O professor da USP Francisco Nart, 48, que viajou para Manaus na quarta-feira passada
para avaliar os programas de
pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas, foi
outra perda na área científica.
Nart era chefe do departamento de físico-química USP
em São Carlos (SP). Casado e
com dois filhos, Nart fez pós-graduação em Harvard.
O diretor do Instituto de Química da USP de São Carlos, Edson Ticianelli, diz que Nart "era
uma pessoa muito dinâmica e
altamente produtiva no instituto. Se a morte for confirmada, será uma grande perda".
Também estava no vôo 1907
a pesquisadora Marilene Bovi,
58, do Instituto Agronômico de
Campinas. Ela foi a Manaus
participar de uma banca.
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