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TRAGÉDIA
Universal deveria comunicar obras
Polícia quer lista de reformas em templo
da Reportagem Local
A polícia de Osasco (Grande São
Paulo) encaminhou ontem ofício
para a Igreja Universal do Reino
de Deus solicitando a apresentação de todos os registros de reformas feitas no templo de Osasco
desde o início da locação, em 1993.
A apresentação dos documentos
ganhou importância depois que o
administrador da galeria onde ficava o templo, Roberto Tognato,
afirmou à polícia anteontem que a
igreja nunca comunicou as reformas que feitas no local.
Segundo Tognato, o contrato do
imóvel previa que o locatário era
obrigado a comunicar todas as alterações feitas no local.
Uma sobrecarga na coluna principal do teto, que poderia ter sido
provocada por obras de reforma, é
uma das hipóteses levantadas pela
polícia para explicar a queda parcial do telhado do templo, que
provocou a morte de 25 fiéis e feriu mais de 400 no dia 5 de setembro.
"Se esses documentos não forem apresentados, fica mais patente a responsabilidade. Eles podem indicar qual o grau de comprometimento que as reformas
causaram na estrutura", disse o
delegado Flávio Augusto de Souza
Nogueira.
O delegado afirmou que pretende fazer um cruzamento de toda a
documentação fornecida pela Prefeitura de Osasco, proprietários
do imóvel e locatário para chegar a
uma conclusão sobre as responsabilidades do caso.
A polícia também aguarda a finalização do laudo técnico do Instituto de Criminalística (IC) da
Polícia Civil para descobrir o que
causou a queda do teto do templo.
Até o momento, a polícia já tem
como praticamente certo o indiciamento de uma pessoa: Reinaldo Santos Suisso, bispo responsável pelo templo de Osasco. Ele pode ser acusado de negligência porque as principais saídas do prédio
estavam trancadas.
A polícia também comprovou
que o prédio estava em desacordo
com as normas de segurança do
Corpo de Bombeiros. Duas saídas
de emergência foram eliminadas.
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