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ADMINISTRAÇÃO
São afetados imóveis de valor venal de mais de R$ 100 mil a R$ 120 mil; projeto corta isenção de 60 mil contribuintes
Prefeitura quer reduzir desconto do IPTU
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Imóveis residenciais de valor
venal na faixa de R$ 100.001 a R$
120 mil terão um reajuste do IPTU
(Imposto Predial e Territorial Urbano) que, em alguns casos, pode
chegar a 25%, de acordo com a
proposta encaminhada ontem
pela Prefeitura de São Paulo à Câmara Municipal.
Isso porque, além de ter reajustado em 7% a Planta Genérica de
Valores (PGV) -valor venal dos
imóveis, base de cálculo para o
imposto-, a prefeitura reduziu o
benefício de desconto de R$ 20
mil, que concedia para efeitos de
cálculo do imposto. Neste ano,
por exemplo, tinham direito ao
desconto imóveis residenciais
com valores venais entre R$ 50
mil e R$ 120 mil. Para o próximo
ano, o teto será de R$ 100 mil.
Isso ocasionará um aumento no
imposto de residências com valor
venal de R$ 120 mil, por exemplo.
Pela lei em vigor, o proprietário
abateria R$ 20 mil dos R$ 120 mil
(o que dá R$ 100 mil) e, a partir
daí, aplicava a alíquota correspondente para efetuar o cálculo.
Esse tipo de imóvel teve R$ 893
de IPTU neste ano. No ano que
vem, como não terá direito ao benefício do desconto, o proprietário irá pagar R$ 1.119 -um reajuste de cerca de 25%.
Outra alteração proposta pelo
projeto de lei é a extinção de um
teto para o reajuste do imposto.
Neste ano, os imóveis residenciais
tiveram 60% como reajuste máximo do IPTU e os não-residenciais
puderam ser aumentados em até
75%. No ano que vem, não há
menção a algum tipo de limitação
no reajuste do IPTU.
O projeto prevê também que 60
mil imóveis deixem de ser isentos
do pagamento do IPTU em 2003.
A proposta tem de ser aprovada
por 28 dos 55 vereadores, que podem ainda fazer alterações.
Atualmente, 1,110 milhão de
imóveis não pagam IPTU na capital paulista. Pela proposta apresentada pelo Executivo para 2003,
esse universo será de 1,050 milhão. A cidade possui atualmente
2,5 milhões de contribuintes.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal das Finanças
informou, em nota divulgada no
início da noite, que a diminuição
do número de contribuintes isentos ocorre por conta do reajuste
da PGV em 7%, "percentual abaixo da inflação", como destaca a
prefeita na exposição de motivos
que acompanha o projeto.
Neste ano, imóveis residenciais
com valor venal de até R$ 50 mil e
não-residenciais de até R$ 20 mil
não pagaram IPTU. Para o ano
que vem, essas faixas de isenção
continuam as mesmas. Mas, como a PGV será reajustada, isso
acarretará a diminuição do número de contribuintes isentos.
Alíquotas
As alíquotas do imposto continuarão as mesmas praticadas
atualmente. Para os imóveis residenciais, variarão entre 0,8% e
1,6%. Para os não-residenciais,
entre 1,2% e 1,8%.
A multa moratória, que atualmente é fixa em 10%, passa a ser
pró-rata, fixada em 0,33% por dia
de atraso sobre o valor do imposto devido, até o limite de 20%. A
prefeitura argumenta que esse
dispositivo beneficiará os contribuintes com pequenos atrasos.
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