DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da avenida Paulista, agora foi a vez de a região central da cidade ganhar guaritas da Polícia Militar graças a mais uma parceria com a iniciativa privada.
Cinco delas já estão funcionando desde ontem nos cruzamentos da avenida Ipiranga com as avenidas São João e São Luiz e com as ruas 24 de Maio, Barão de Itapetininga e Sete de Abril.
Aproximadamente 2 milhões de pessoas passam por esses locais diariamente.
Em seis meses, outras 200 guaritas deverão ser instaladas no centro -inicialmente na região da Sé-, que também concentra, segundo a PM, crimes como furto, roubo e tráfico de drogas. Não foram fornecidas estatísticas sobre a criminalidade na região.
Implantadas na avenida Paulista em setembro, as cabines, segundo a polícia, reduziram em 70% os índices de criminalidade. Em agosto, eram 126 ocorrências entre furtos e roubos. Dois meses e meio depois, o número caiu para 43. Por enquanto, estão na Paulista 15 cabines. Outras 16 serão instaladas até fevereiro de 2003.
Mas o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, afirma que seria "inocente" esperar os mesmos resultados na região central no mesmo período de tempo.
"São realidades completamente diferentes. Não podemos tratar as duas regiões da mesma maneira", afirmou Abreu Filho.

Elogios
A iniciativa foi elogiada pela Associação Viva o Centro. Para Marco Antonio Ramos de Almeida, presidente da ONG, as guaritas podem não reduzir os índices de violência, mas transmitem uma sensação de segurança.
Cada cabine -incluindo os rádios e binóculos utilizados- custam cerca de R$ 3.300. Como na Paulista, elas deverão funcionar das 7h às 21h e serão guardadas em prédios comerciais da região.


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