São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

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Kassab recorre contra quebra de sigilo bancário

DA REPORTAGEM LOCAL

Os advogados do vice-prefeito eleito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), e de seu sócio, o deputado estadual Rodrigo Garcia (PFL), recorreram ontem ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para tentar anular a quebra de seus sigilos bancários.
Kassab e Garcia são investigados pelo Ministério Público por eventual enriquecimento ilícito. Anteontem, a juíza Maria Gabriella Sacchi, da 11ª Vara da Fazenda Pública, determinou liminarmente a abertura das contas de Kassab e Garcia, atendendo a pedido do Ministério Público.
A defesa do deputado pefelista e do vice do prefeito eleito argumenta que os dados enviados espontaneamente à Promotoria já são suficientes para explicar a evolução patrimonial dos sócios.
Portanto, afirma a defesa, a quebra do sigilo dos pefelistas seria desnecessária. O recurso está sendo analisado pelo desembargador do TJ Correa Vianna.
A investigação teve início após reportagem da Folha que revelou que o vice eleito aumentou seu patrimônio em 316% (descontada a inflação) entre 1994 e 1998, período em que foi eleito deputado estadual e trabalhou, por um ano e três meses, como secretário do Planejamento na administração do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000). Garcia foi seu chefe-de-gabinete na pasta.

Ausência
Kassab não compareceu ontem ao anúncio de mais três secretários do prefeito eleito José Serra (PSDB). Segundo sua assessoria de imprensa, o vice-prefeito eleito estava em Brasília devido a compromissos partidários.
Questionado sobre a decisão judicial a respeito da quebra do sigilo de seu vice, Serra não fez nenhum comentário ontem.
Chefe da transição tucana, o ex-ministro Clóvis Carvalho limitou-se a dizer que o recurso apresentado por Kassab "é um processo justo que a Justiça prevê".


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