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Kassab recorre contra quebra de sigilo bancário
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados do vice-prefeito
eleito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), e de seu sócio, o deputado estadual Rodrigo Garcia
(PFL), recorreram ontem ao Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo para tentar anular a quebra
de seus sigilos bancários.
Kassab e Garcia são investigados pelo Ministério Público por
eventual enriquecimento ilícito.
Anteontem, a juíza Maria Gabriella Sacchi, da 11ª Vara da Fazenda
Pública, determinou liminarmente a abertura das contas de Kassab
e Garcia, atendendo a pedido do
Ministério Público.
A defesa do deputado pefelista e
do vice do prefeito eleito argumenta que os dados enviados espontaneamente à Promotoria já
são suficientes para explicar a
evolução patrimonial dos sócios.
Portanto, afirma a defesa, a quebra do sigilo dos pefelistas seria
desnecessária. O recurso está sendo analisado pelo desembargador
do TJ Correa Vianna.
A investigação teve início após
reportagem da Folha que revelou
que o vice eleito aumentou seu
patrimônio em 316% (descontada
a inflação) entre 1994 e 1998, período em que foi eleito deputado
estadual e trabalhou, por um ano
e três meses, como secretário do
Planejamento na administração
do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000). Garcia foi seu chefe-de-gabinete na pasta.
Ausência
Kassab não compareceu ontem
ao anúncio de mais três secretários do prefeito eleito José Serra
(PSDB). Segundo sua assessoria
de imprensa, o vice-prefeito eleito
estava em Brasília devido a compromissos partidários.
Questionado sobre a decisão judicial a respeito da quebra do sigilo de seu vice, Serra não fez nenhum comentário ontem.
Chefe da transição tucana, o ex-ministro Clóvis Carvalho limitou-se a dizer que o recurso apresentado por Kassab "é um processo
justo que a Justiça prevê".
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