São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2004

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SAÚDE PRIVADA

Meta é informar cliente

Ministério faz ranking de planos sem punição

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e o Ministério da Saúde apresentaram ontem um programa de qualificação do setor de planos de saúde -uma espécie de ranking das empresas. A lista não servirá para punir as empresas, mas para informar os consumidores sobre o desempenho dos planos de saúde.
O resultado da primeira pesquisa será divulgado em fevereiro. "Queremos permitir que o consumidor seja mais informado ao optar por um plano ou ao trocá-lo, e vamos estimular a concorrência entre as empresas do setor", disse o ministro Humberto Costa.
Pelo projeto apresentado ontem em evento no Rio, o índice de desempenho terá quatro itens: dados de atenção à saúde -que terá o maior peso, 50%-, econômico-financeiros (30%), estruturais-operacionais (10%) e de satisfação do beneficiário (10%).
"A intenção é buscar um diferencial e aprimorar o setor. Apesar de formarmos um ranking, nossa intenção não é punir ninguém. Apenas dar subsídios aos consumidores", disse o diretor-presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos, que promete o programa desde sua posse.
Os índices adotados no programa são variados -nacionais e internacionais, atos normativos da ANS, definições técnicas e indicadores do SUS (Sistema Único de Saúde). Na área de atenção à saúde, será usado o número de atendimentos durante a gravidez.
O ranking avaliará o endividamento das empresas e itens como índice de ressarcimento e tempo de permanência do cliente. A satisfação dos consumidores será medida por meio de reclamações à agência federal e Procons.
A implantação acontecerá em três fases. A primeira, em fevereiro, terá 23 indicadores; a segunda, 42 quesitos; a terceira, 56. A intenção da ANS é apresentar a última fase do ranking em até dois anos.

Interclínicas
O Grupo Notre Dame Intermédica e a Gama já comunicaram oficialmente à ANS interesse em comprar a carteira de clientes da Interclínicas. A informação foi dada ontem pelo diretor-presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos. Ele disse ainda que a Amil tem interesse, mas que não houve comunicado formal dela. Na terça, a ANS determinou que a operadora venda a sua carteira de 190 mil clientes para outra em 15 dias por causa de dívidas que afetam o atendimento.


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