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SAÚDE PRIVADA
Meta é informar cliente
Ministério faz ranking de planos sem punição
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar) e o Ministério da Saúde apresentaram ontem
um programa de qualificação do
setor de planos de saúde -uma
espécie de ranking das empresas.
A lista não servirá para punir as
empresas, mas para informar os
consumidores sobre o desempenho dos planos de saúde.
O resultado da primeira pesquisa será divulgado em fevereiro.
"Queremos permitir que o consumidor seja mais informado ao optar por um plano ou ao trocá-lo, e
vamos estimular a concorrência
entre as empresas do setor", disse
o ministro Humberto Costa.
Pelo projeto apresentado ontem
em evento no Rio, o índice de desempenho terá quatro itens: dados de atenção à saúde -que terá
o maior peso, 50%-, econômico-financeiros (30%), estruturais-operacionais (10%) e de satisfação
do beneficiário (10%).
"A intenção é buscar um diferencial e aprimorar o setor. Apesar de formarmos um ranking,
nossa intenção não é punir ninguém. Apenas dar subsídios aos
consumidores", disse o diretor-presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos, que promete o
programa desde sua posse.
Os índices adotados no programa são variados -nacionais e internacionais, atos normativos da
ANS, definições técnicas e indicadores do SUS (Sistema Único de
Saúde). Na área de atenção à saúde, será usado o número de atendimentos durante a gravidez.
O ranking avaliará o endividamento das empresas e itens como
índice de ressarcimento e tempo
de permanência do cliente. A satisfação dos consumidores será
medida por meio de reclamações
à agência federal e Procons.
A implantação acontecerá em
três fases. A primeira, em fevereiro, terá 23 indicadores; a segunda,
42 quesitos; a terceira, 56. A intenção da ANS é apresentar a última
fase do ranking em até dois anos.
Interclínicas
O Grupo Notre Dame Intermédica e a Gama já comunicaram
oficialmente à ANS interesse em
comprar a carteira de clientes da
Interclínicas. A informação foi
dada ontem pelo diretor-presidente da agência, Fausto Pereira
dos Santos. Ele disse ainda que a
Amil tem interesse, mas que não
houve comunicado formal dela.
Na terça, a ANS determinou que a
operadora venda a sua carteira de
190 mil clientes para outra em 15
dias por causa de dívidas que afetam o atendimento.
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