da Agência Folha, em Recife

A Secretaria da Saúde de Pernambuco confirmou ontem a primeira morte provocada por cólera no município de Cortês, no sul do Estado. A vítima é uma criança (idade não revelada).
Ela teria contraído a doença após beber água contaminada com o vibrião colérico, distribuída a 80% da população.
Técnicos do Departamento de Vigilância Epidemiológica e do Laboratório Central investigam ainda outra morte que pode ter sido causada por cólera.
Segundo a diretora do departamento, Christianne Holmes, 648 casos da doença haviam sido notificados até o meio-dia de ontem, em Cortês. Desse total, afirmou, 342 já estavam confirmados.
A epidemia começou em 2 de novembro, com o registro de dois casos. Hoje, o número de notificações equivale a cerca de 5% da população do município, que tem 13 mil habitantes.
Testes laboratoriais confirmaram que a contaminação ocorreu devido à distribuição de água contaminada pelo sistema de abastecimento da cidade.
A água com o vibrião era coletada do rio Sirinhaém e distribuída sem tratamento. O hospital que atendia os doentes lançava seu esgoto no rio, também sem tratamento. A estação distribuidora foi interditada por três dias e os banhos de rio -atração turística local- foram proibidos.



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