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Prefeitura rejeita proposta de empresários para manter contratação de emergência; empresas operam sem vínculo formal
Viações querem adiar licitação por 2 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os empresários de ônibus pediram ontem aos representantes da
administração Marta Suplicy
(PT) um adiamento da licitação
do transporte por mais dois anos.
Nesse período, eles firmariam novos contratos emergenciais com a
prefeitura e estudariam com mais
calma a proposta de mudanças.
A informação é do secretário
dos Transportes, Jilmar Tatto, e
do presidente da SPTrans, Gérson
Luis Bittencourt, que descartaram
a possibilidade.
Se a reivindicação fosse atendida, a reformulação do sistema de
transporte só seria implantada na
próxima gestão. "Eles não querem um contrato de longo prazo.
Querem viver de emergência",
afirmou Jilmar Tatto.
As viações de ônibus de São
Paulo operam desde sábado sem
nenhum vínculo formal com a
prefeitura, já que os últimos contratos emergenciais acabaram no
dia 31. Na gestão Marta, já foram
feitas duas contratações emergenciais, por seis meses cada.
O presidente do Transurb, Sérgio Pavani, disse que as viações
não renovaram os emergenciais
por causa de uma determinação
de Tatto. "O secretário entende
que não devemos assinar os contratos enquanto não entrarmos
na concorrência", afirmou Pavani. "Eu prefiro não discutir e continuar a cumprir minha tarefa."
O secretário dos Transportes
confirmou que só assinará os
emergenciais depois que for definida a entrega dos envelopes da licitação. "Eu faço os contratos de
emergência assim que eles entregarem os envelopes", disse.
Tatto disse não ver problemas
no fato de as empresas de ônibus
rodarem sem contrato. Ele disse
que, se elas quiserem, poderão devolver as linhas, que seriam repassadas aos perueiros. "Mas, se continuarem rodando, terão que seguir as regras do sistema."
Trânsito
A paralisação dos ônibus coincidiu com a volta às aulas. A CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) registrou, às 9h30, 95 km
de lentidão -recorde deste ano
no período da manhã.
O movimento de passageiros no
Metrô de São Paulo também cresceu. A linha Lilás (Capão Redondo -Largo Treze) teve seu horário
de funcionamento estendido até
as 20h (em fase experimental, ela
costuma funcionar até as 16h) e
teve um aumento de 150% no número de usuários. Na linha 2 (Ana
Rosa - Vila Madalena), a alta foi
de 21,9%. Na 3 (Corinthians-Itaquera - Barra Funda), de 14,9%.
Na 1 (Jabaquara a Tucuruvi), de
5,7%). O balanço parcial contabiliza a movimentação até as 16h.
Colaborou a Folha Online
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