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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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Prefeitura rejeita proposta de empresários para manter contratação de emergência; empresas operam sem vínculo formal

Viações querem adiar licitação por 2 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os empresários de ônibus pediram ontem aos representantes da administração Marta Suplicy (PT) um adiamento da licitação do transporte por mais dois anos. Nesse período, eles firmariam novos contratos emergenciais com a prefeitura e estudariam com mais calma a proposta de mudanças.
A informação é do secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, e do presidente da SPTrans, Gérson Luis Bittencourt, que descartaram a possibilidade.
Se a reivindicação fosse atendida, a reformulação do sistema de transporte só seria implantada na próxima gestão. "Eles não querem um contrato de longo prazo. Querem viver de emergência", afirmou Jilmar Tatto.
As viações de ônibus de São Paulo operam desde sábado sem nenhum vínculo formal com a prefeitura, já que os últimos contratos emergenciais acabaram no dia 31. Na gestão Marta, já foram feitas duas contratações emergenciais, por seis meses cada.
O presidente do Transurb, Sérgio Pavani, disse que as viações não renovaram os emergenciais por causa de uma determinação de Tatto. "O secretário entende que não devemos assinar os contratos enquanto não entrarmos na concorrência", afirmou Pavani. "Eu prefiro não discutir e continuar a cumprir minha tarefa."
O secretário dos Transportes confirmou que só assinará os emergenciais depois que for definida a entrega dos envelopes da licitação. "Eu faço os contratos de emergência assim que eles entregarem os envelopes", disse.
Tatto disse não ver problemas no fato de as empresas de ônibus rodarem sem contrato. Ele disse que, se elas quiserem, poderão devolver as linhas, que seriam repassadas aos perueiros. "Mas, se continuarem rodando, terão que seguir as regras do sistema."

Trânsito
A paralisação dos ônibus coincidiu com a volta às aulas. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou, às 9h30, 95 km de lentidão -recorde deste ano no período da manhã.
O movimento de passageiros no Metrô de São Paulo também cresceu. A linha Lilás (Capão Redondo -Largo Treze) teve seu horário de funcionamento estendido até as 20h (em fase experimental, ela costuma funcionar até as 16h) e teve um aumento de 150% no número de usuários. Na linha 2 (Ana Rosa - Vila Madalena), a alta foi de 21,9%. Na 3 (Corinthians-Itaquera - Barra Funda), de 14,9%. Na 1 (Jabaquara a Tucuruvi), de 5,7%). O balanço parcial contabiliza a movimentação até as 16h.


Colaborou a Folha Online


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