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Promotoria vai investigar licitação e greves
DA REPORTAGEM LOCAL
As supostas ilegalidades na licitação da Prefeitura de São Paulo
para a concessão do serviço do
transporte público e o eventual
descumprimento de suspensão
da concorrência recomendada
pelo Tribunal de Contas do Município serão alvo de investigação
aberta ontem pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
Já a greve de ontem e outras paralisações feitas recentemente pelos motoristas poderão ser alvo de
ação civil pública que deverá ser
ajuizada nesta semana, também
pela Promotoria.
Segundo o promotor de Justiça
de Habitação e Urbanismo Carlos
Alberto Amin Filho, a questão
também deverá ser alvo de pedido de liminar contra novas greves
de motoristas e cobradores.
"Sendo uma greve em um setor
essencial, é preciso ter um plano
de emergência para manter funcionando esse serviço básico."
Foi a própria SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do
serviço na cidade, que enviou à
Promotoria representação contra
as paralisações sob a alegação de
que motoristas não permitem,
com o suposto protesto, o funcionamento do plano de emergência
acionado a cada greve.
Segundo Amin Filho, a ação,
contra o sindicato dos motoristas,
poderá conter pedido de indenização de danos à comunidade.
"É para evitar essa paralisação
abusiva e para indenizar não só
pelo dano difuso causado a toda a
comunidade, por conta, por
exemplo, do trânsito caótico, mas
também individualmente. Aí cada pessoa poderia se habilitar e
comprovar que teve determinado
dano por causa da greve."
A indenização individual, segundo o promotor, poderia ser
pedida por qualquer cidadão
após eventual condenação do sindicato dos motoristas na Justiça.
No caso da licitação, a apuração
será feita pelo promotor da Cidadania Saad Mazloum, que ontem
avaliava a possibilidade de convocar o secretário Jilmar Tatto para
dar explicações sobre o caso.
A decisão pode ser anunciada
hoje. Mazloum pretende, hoje,
encaminhar à prefeitura e ao
TCM ofício para ter acesso ao edital e ao documento em que o tribunal aponta supostas falhas e ilegalidades na concorrência.
O tribunal apontou ilegalidades
e falhas no edital da prefeitura para contratar novas viações.
(JOÃO CARLOS SILVA)
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