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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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VIOLÊNCIA

Funcionárias afirmam que Maria do Carmo ligava muito para cirurgião plástico
Três funcionárias do consultório do cirurgião plástico Farah Jorge Farah, 53, assassino confesso de sua paciente Maria do Carmo Alves, 49, depuseram ontem no 13º Distrito Policial (Casa Verde, na zona norte de São Paulo). Segundo a polícia, os depoimentos não acrescentaram novidades às investigações.
Eliete Maria de Jesus Santos, 20, Ernestina Leal do Nascimento, 33, e Érica Alves Porto dos Santos, 23, confirmaram que o cirurgião recebia ligações constantes de Maria do Carmo. Segundo as secretárias, ela dizia que não poderia viver sem ele.
No dia do crime, Érica foi a última funcionária a deixar o consultório, em Santana (zona norte). De acordo com a polícia, ela disse ter saído às 18h e não ter visto Maria do Carmo chegar.
"Ele [Farah" era uma pessoa tranquila, normal", disse Érica.
O advogado do cirurgião, Roberto Podval, disse que os depoimentos "comprovaram a perseguição que Farah sofria". Podval disse que o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defendeu o ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000) e o jornalista Antonio Pimenta Neves, ajudará na defesa.
O delegado Ítalo Miranda Júnior concluiu ontem o inquérito que investiga o crime, mesmo sem descobrir o motivo do assassinato, se o cirurgião teve um cúmplice nem quem invadiu o consultório no fim de semana.
Segundo peritos do IML (Instituto Médico Legal), Maria do Carmo foi esquartejada ainda com vida, no dia 24, na clínica de Farah. Preso no dia 27, o médico confessou o crime, mas disse ter sofrido um lapso de memória em relação ao assassinato.
Farah está preso desde então em uma cela do 13º DP.
O delegado seccional de Guarulhos João Roque Américo vê semelhanças entre o crime cometido por Farah e um de 99, em que uma mulher de aparentes 45 anos foi esquartejada. "Parece que ele [Farah" estudou em Mogi das Cruzes", disse Américo. Podval disse achar a hipótese "fantasiosa". "Se tivesse feito isso antes não ligaria para a família nem se entregaria."
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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