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Leptospirose é perigo na cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Os temporais que atingiram
São Paulo trouxeram à tona um
problema de saúde pública: além
de aumentar o número de baratas
nas ruas, já que são forçadas pelas
águas a deixar os esgotos, também podem transmitir doenças
sérias, como a leptospirose.
Segundo Maria das Graças Soares dos Santos, bióloga da Coordenação de Vigilância em Saúde
da prefeitura, homens de 18 a 39
anos são as vítimas de mais de
80% dos casos de leptospirose. Isso porque são eles que entram na
água e na lama da chuva para auxiliar pessoas e salvar móveis.
A leptospirose, que nos casos
graves tem até 20% de letalidade,
é causada por uma bactéria que
entra no organismo pelas mucosas e pele ferida. É transmitida pela urina de ratazanas, que, com as
chuvas, ficam estressadas por terem as tocas invadidas e urinam
mais na água.
Em 2003 foram confirmados
231 casos da doença na cidade e 31
mortes. Neste ano, há dez casos
suspeitos e dois óbitos sob investigação. Segundo Santos, o número está dentro da normalidade.
"Acreditamos, infelizmente,
que nos próximos dias vá aumentar", diz. A doença causa febre,
dores musculares e, nos casos
graves, hemorragias. Demora até
um mês para se manifestar.
A prefeitura aconselha a população a usar telas na saída das tubulações e a não andar na água
nem na lama sem proteger pés e
pernas. Em caso de febre, é recomendado procurar um médico.
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