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Especialista explica tempo no Nordeste
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem El Niño, nem La Niña,
nem aquecimento global. As fortes chuvas de verão, consideradas
normais nas regiões Sul e Sudeste
do país, mas que atingiram também cidades do Nordeste que costumavam enfrentar até seca nesta
época do ano, têm duas causas
principais. São as zonas de convergência do Atlântico sul e intertropical, comuns nesta estação,
mas que estão paradas em regiões
do país onde não costumam ficar.
Zonas de convergência são concentrações de nuvens de centenas
de quilômetros que causam chuvas de até quatro dias, diz Marcelo
Enrique Seluchi, chefe da Diretoria de Operações do CPTEC/Inpe
(Centro de Previsão do Tempo e
Estudos Climáticos do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo ele, a zona de convergência do Atlântico sul, que costuma ficar entre a Amazônia e o
Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, está, neste ano, estacionada mais ao norte -afetando, por exemplo, cidades como a
de Barras (noroeste da Bahia),
que teve em janeiro uma chuva
acumulada mais de 20 vezes superior à média dos últimos 30 anos.
Do outro lado, a zona de convergência intertropical, que fica
geralmente ao norte do litoral
norte do Nordeste brasileiro, está
parada mais abaixo do que o normal, agravando as chuvas no Maranhão e no Piauí, diz Seluchi.
As zonas de convergência aumentam a intensidade de subida
do ar quente da superfície, que, ao
encontrar temperaturas mais
frias nos pontos mais elevados,
forma as chuvas.
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