DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Roupas que não secam no varal, pessoas carregando guarda-chuvas pelas ruas, carros com rodas sujas de lama e céu fechado.
A situação seria normal, se o fenômeno não estivesse ocorrendo em Brasília.
Conhecida pelo clima seco e longos períodos nos quais a umidade do ar cai a níveis desérticos, a capital do país está sob chuva há quase 40 dias.
Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o índice de precipitação na região em janeiro superou em 41% a média histórica para esse período -dos habituais 241,4 mm passou para 341,5 mm.
Anna Bárbara Coutinho de Melo, meteorologista da Inpe, afirma que a "anomalia" atinge todo a região norte de Goiás.

Situação generalizada
Excessos de chuvas também foram registrados em São Paulo, na região norte de Minas Gerais, no Espírito Santo, na região norte e leste do Rio de Janeiro, no sudeste do Mato Grosso e em todo o Nordeste do país, onde choveu 300 mm, 50% acima da média esperada para a área nessa época do ano.
O órgão ainda não tem uma posição oficial sobre o que pode ter motivado o aumento da precipitação nessas regiões. Esse assunto será discutido hoje entre os técnicos do instituto.
"O que se sabe é que situações normais que atuam nessa época do ano demoraram mais a passar", afirma Coutinho de Melo.


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