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Para responsável por exame, escolas perderão alunos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para Reynaldo Fernandes,
presidente do Inep (instituto
ligado ao MEC), as instituições mal avaliadas pelo governo tendem a perder alunos nos próximos anos.
Ele afirma que isso não
aconteceu de 2006 para
2007 porque o IGC (Índice
Geral de Cursos) só foi divulgado em 2008. A futura redução dos alunos poderia acontecer por dois motivos.
O primeiro é porque o índice servirá como base para a
fiscalização dos cursos pelo
MEC, o que, eventualmente,
poderia acarretar sanções
como a redução de vagas.
Em segundo lugar, a procura dos alunos poderia também cair. "Vários estudos
mostram que essas avaliações afetam a demanda dos
cursos. Quando o desempenho é ruim, eles perdem alunos; quando é bom, eles ganham", diz.
Para Gabriel Mário Rodrigues, presidente da ABMES
(Associação Brasileira de
Mantenedoras do Ensino
Superior), para explicar por
que instituições mal avaliadas crescem mais do que a
média, é preciso avaliar o caso de cada escola.
"As instituições que estão
crescendo são as que estão
oferecendo os preços mais
compatíveis com as possibilidades de pagamento dos
alunos." Ele ressalta que a
entidade é contra os critérios
utilizados pelo MEC no cálculo do IGC. Para a associação, as instituições seriam
prejudicadas pelo fato de que
a maior parte da nota é calculada com base no Enade, exame feito pelos alunos.
O presidente do Inep discorda. "Todas as instituições
são julgadas pelo mesmo critério", diz.
A Folha procurou a Faculdade Maurício de Nassau, o
Centro Universitário Sant'Anna e a Faculdade Comunitária de Campinas, mas
não obteve resposta até a
conclusão desta edição.
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