São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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Para responsável por exame, escolas perderão alunos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para Reynaldo Fernandes, presidente do Inep (instituto ligado ao MEC), as instituições mal avaliadas pelo governo tendem a perder alunos nos próximos anos.
Ele afirma que isso não aconteceu de 2006 para 2007 porque o IGC (Índice Geral de Cursos) só foi divulgado em 2008. A futura redução dos alunos poderia acontecer por dois motivos.
O primeiro é porque o índice servirá como base para a fiscalização dos cursos pelo MEC, o que, eventualmente, poderia acarretar sanções como a redução de vagas.
Em segundo lugar, a procura dos alunos poderia também cair. "Vários estudos mostram que essas avaliações afetam a demanda dos cursos. Quando o desempenho é ruim, eles perdem alunos; quando é bom, eles ganham", diz.
Para Gabriel Mário Rodrigues, presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior), para explicar por que instituições mal avaliadas crescem mais do que a média, é preciso avaliar o caso de cada escola.
"As instituições que estão crescendo são as que estão oferecendo os preços mais compatíveis com as possibilidades de pagamento dos alunos." Ele ressalta que a entidade é contra os critérios utilizados pelo MEC no cálculo do IGC. Para a associação, as instituições seriam prejudicadas pelo fato de que a maior parte da nota é calculada com base no Enade, exame feito pelos alunos.
O presidente do Inep discorda. "Todas as instituições são julgadas pelo mesmo critério", diz.
A Folha procurou a Faculdade Maurício de Nassau, o Centro Universitário Sant'Anna e a Faculdade Comunitária de Campinas, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.


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