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Guardas-civis doam sangue para protestar contra Kassab
Segundo eles, os agentes da corporação perderam sua atribuição de policiamento
Cerca de 360 dos 6.800 guardas doaram sangue e fizeram manifestação na Câmara; legislação não prevê falta a quem faz doação
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Como parte do protesto contra a administração de Kassab, guarda-civil doa sangue no HC
DA REPORTAGEM LOCAL
Centenas de guardas-civis
doaram sangue na manhã de
ontem no Hospital das Clínicas
e em outros pontos de coleta de
São Paulo. Com o dia garantido,
já que a legislação não prevê falta a quem toma a iniciativa, eles
seguiram para a Câmara Municipal, onde protestaram contra
a administração do prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
O bordão do protesto inusitado era "já que estão tirando
nosso sangue, vamos doar a última gota". Segundo os manifestantes, 360 dos 6.800 funcionários da corporação compareceram aos hospitais.
A ação solidária, como definiram os guardas, foi seguida de
uma concentração em frente à
Câmara, no centro. Lá, eles receberam o apoio do vereador
estreante Netinho de Paula (PC
do B), pagodeiro que ficou em
terceiro lugar no ranking dos
mais votados em outubro. Em
seguida, os manifestantes foram até o gabinete do prefeito.
Os representantes da categoria afirmam que a gestão Kassab retirou atribuições da GCM
(Guarda Civil Metropolitana)
ao vetar parte de um projeto
aprovado no final de 2008 pelos vereadores. Segundo o
Sindguardas, a categoria perdeu sua atribuição de policiamento preventivo e passou a
ser apenas "fiscal de camelô".
"A prefeitura está contratando segurança privada para as
escolas e parques desde 2007.
Por que não gasta esse dinheiro
para melhorar as condições de
nosso trabalho?", questionou o
presidente da entidade, Carlos
Augusto Sousa Silva.
O projeto que alterou as funções da guarda é o mesmo que
recriou a Secretaria de Segurança Urbana, enviado por
Kassab no final do ano passado
à Câmara. Por pressão da categoria, os vereadores alteraram
seu texto, mantendo as funções
de policiamento preventivo para a GCM. Mas, na hora de sancionar a lei, o prefeito vetou o
item. Os manifestantes querem
que os vereadores derrubem o
veto. O assunto deve entrar em
pauta nos próximos dias.
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