PRISCILA LAMBERT
da Reportagem Local

Um teste feito pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) para avaliar a qualidade dos 17 principais preservativos vendidos no Brasil reprovou um deles: a camisinha Prudence.
Os resultados foram divulgados ontem, depois que o Idec conseguiu cassar na Justiça uma liminar pedida pelo importador da Prudence, a empresa DKT, que impedia a divulgação do teste.
A Prudence, que tem participação de 14% no mercado, não passou no teste de segurança que avaliou o nível de vazamento do produto. Das 125 unidades analisadas dessa marca, duas apresentaram furos microscópicos ao serem submetidas a um teste com corrente elétrica. Para ser aprovada, apenas uma poderia conter furos.
O preservativo havia sido aprovado em teste para certificação no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), feito pelo Instituto Falcão Bauer.
O DKT discorda do método do teste, que não utilizou contraprovas como determina a regulamentação em vigor.
O Inmetro vai pedir uma contraprova com o mesmo lote dos preservativos da Prudence testados pelo Idec (lote nº 990718).
De acordo com a análise do Idec, o preservativo Flamengo, comercializado pela Blausiegel, não tem embalagem opaca, o que facilita a entrada de luz e permite uma deterioração mais rápida do produto. Os preservativos testados, no entanto, estavam em bom estado. O teste também constatou que outras marcas não têm embalagem metalizada -o que não é obrigatório por lei, mas permite maior proteção do produto.
A camisinha de marca Lig, distribuída pelo SUS, foi considerada ótima. Segundo Marilena Lazzarini, presidente do Idec, os resultados foram melhores que os obtidos em 96, quando 8 das 20 marcas testadas foram reprovadas.


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