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Internet torna paciente mais crítico
DA REPORTAGEM LOCAL
A era da informática estimula
um comportamento crítico do
paciente. As informações disponíveis na rede acerca das mais variadas doenças permitem um nível de conhecimento que coloca o
doente em posição seletiva ao receber um diagnóstico.
Em vez de aceitar o diagnóstico
e a conduta médica propostos, o
paciente pode solicitar detalhes
de cada procedimento, os efeitos
colaterais, as chances de recuperação e os riscos.
"A Internet também facilita a
comunicação entre os especialistas porque permite a troca de informações sem que o médico e o
paciente saiam do consultório",
diz Renato Sabbatini, pesquisador da Unicamp.
Outro motivo que contribui para o "florescimento" da segunda
opinião no país é a maior integração entre os centros médicos brasileiros, norte-americanos e europeus. "Como essa prática é frequente lá, começa a "contaminar"
o Brasil", afirma Paulo Eduardo
Elias, professor do departamento
de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da USP.
"As pessoas estão mais informadas e são os mais informados
que conseguem exercer melhor
seus direitos", diz Elias.
De acordo com ele, mesmo entre a população de baixa renda há
quem monte sua estratégia para
tirar o "cisma". "Em geral, as pessoas procuram outro posto de
saúde", afirma.
É a saída possível para uma faixa da sociedade que tem dificuldade até para conseguir o acesso a
um primeiro diagnóstico.
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