|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vítima de atentado poderá ficar com sequelas
DA SUCURSAL DO RIO
DA AGÊNCIA FOLHA
A babá Kátia, 24, uma das vítimas do ônibus que foi incendiado
no dia 24 de fevereiro, no primeiro dia dos ataques de traficantes
ao Rio de Janeiro, corre o risco de
ficar com sequelas nos movimentos das pernas em consequência
das queimaduras sofridas.
Kátia, que prefere não dar seu
sobrenome para não preocupar a
família do Rio Grande do Sul, que
não sabe do ocorrido, contou que
sente fortes dores por conta dos
ferimentos e que ficou traumatizada com a violência sofrida. Ela
teve 36% do corpo queimado e
sofreu queimaduras de 2º grau
nas pernas e no braço direito.
O ataque ao ônibus provocou a
morte da aposentada Aury Maria
do Canto, 70, que foi enterrada na
última sexta-feira.
A idosa teve queimaduras de segundo e terceiro graus, que atingiram 60% de seu corpo.
Tanto Kátia como Aury estavam no ônibus da linha 410
(Saens Penha-Gávea), em Botafogo (zona sul do Rio), quando, por
volta das 8h30, dois jovens entraram, cada um com um coquetel
Molotov na mão. Eles jogaram os
artefatos e atearam fogo ao veículo, sem dar tempo para que os
passageiros descessem.
Além das duas, mais uma pessoa que estava no ônibus, Valeska
Martinho Duarte, continua internada numa clínica particular. Luciano Duran da Silva, que foi hospitalizado no Miguel Couto (zona
sul), já foi liberado.
Tenente assassinado
O corpo do segundo-tenente da
Marinha Érico Valle Petzold, 33,
chegou às 11h de ontem a Campo
Grande em vôo comercial e seguiu para Ladário (417 km da capital). O enterro estava marcado
para as 10h de hoje.
Petzold também foi vítima da
onda de violência comandada por
narcotraficantes desde o início da
semana passada no Rio. O segundo-tenente levou três tiros durante um assalto na avenida Brasil.
O assassinato ocorreu na madrugada de sexta-feira, quando
Petzold estava preso no engarrafamento causado pela ação de traficantes que incendiaram um ônibus próximo à Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos (zona
norte do Rio de Janeiro).
Texto Anterior: Violência: Com tropas do Exército nas ruas, 8 são mortos no Rio Próximo Texto: Praias: Afogamentos matam seis em três dias Índice
|