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LIMPEZA URBANA
Com o fim de dois contratos, lixo reciclável recolhido em São Paulo é prensado sem separação de materiais
Falta de transporte reduz coleta seletiva
DO "AGORA"
A produção de material reciclado do programa Coleta Seletiva
Solidária, da prefeitura paulistana, sofreu queda com o fim dos
contratos (dezembro e fevereiro)
das duas empresas de transporte
que providenciavam caminhões
para coleta. O projeto é uma parceria entre 15 cooperativas de lixo
reciclável e a prefeitura.
Hoje, a única forma de parte do
material chegar aos centros de
triagem é por meio de caminhões
da prefeitura, que recolhem o material despejado nas lixeiras especiais para materiais reciclados.
Antes de chegarem à triagem, porém, tudo é prensado, sem separação de materiais (plástico, lata,
papel e vidro).
Para a presidente da Associação
de Moradores dos bairros Cerqueira César e Jardins, Célia Marcondes, o trabalho de conscientização da sociedade sofre com os
problemas de retirada do lixo.
"Pelo menos 400 condomínios residenciais e comerciais fazem a
coleta seletiva do material. Trata-se de uma questão que ajuda milhares de pessoas."
Em um condomínio residencial
na Alameda Franca, por exemplo,
dezenas de sacos de material reciclável foram jogados no lixo comum pela falta dos caminhões.
"O acúmulo já estava causando
mau cheiro", conta o zelador Gileno Nunes de Carvalho, 41 anos.
"Faz um mês que não passam por
aqui. Eu separava tudinho, mas
parei", afirma a dona-de-casa
Ruth de Oliveira, 49 anos, que vive na Mooca (zona leste).
Nos 15 centros de triagem, que
empregam cerca de mil pessoas e
onde deveriam chegar cerca de 60
toneladas por dia, o problema é a
falta de material. A renda da cooperada Cecília Rodrigues, 60, do
centro de triagem de Pinheiros,
costumava ser de pouco mais de
R$ 400, mas caiu pela metade.
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