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Número de vítimas fatais aumenta 43%
ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local
Os acidentes na Régis Bittencourt (BR-116) ficaram mais violentos neste ano. Os 300 quilômetros da rodovia no trecho de São
Paulo registraram 40 vítimas fatais até o final de fevereiro, crescimento de 43% em comparação
com o primeiro bimestre de 1999.
Nesse mesmo período, o número de acidentes e feridos também
aumentou, mas em menor proporção -5,1% e 12,6%, respectivamente.
Enquanto os indicadores de
violência na "rodovia da morte"
cresceram, a Dutra, que também
é federal, registrou queda na
quantidade de acidentes e vítimas
em 2000.
A estrada, que desde 1996 é administrada pela NovaDutra, computou um morto a menos no primeiro bimestre deste ano (de 32
para 31), além de ter redução de
7% no número de acidentes e feridos no trecho paulista.
O inspetor da Polícia Rodoviária Federal Mardilher Ramalho
Ribeiro atribui a elevação dos acidentes na BR-116 às obras de duplicação, iniciadas em 1997.
"Quando há uma melhoria da
rodovia, a tendência do usuário é
aumentar a velocidade média.
Inicialmente, isso aumenta a gravidade dos acidentes", afirma Ribeiro.
Atualmente, dois terços da BR-116 em São Paulo estão duplicados. As obras já deveriam estar
concluídas desde o início do ano,
mas houve problemas em alguns
contratos, segundo o DNER (Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem).
A previsão é que, em setembro,
sobrem apenas 48 quilômetros de
pista simples na rodovia em São
Paulo.
"Ela é uma rodovia diferenciada. De 70% a 80% do tráfego é de
caminhão, ou seja, qualquer acidente que ocorra em pista simples
acaba sendo grave. Com a duplicação, as condições de segurança
com certeza vão melhorar", afirma Deuzedier Martins, chefe do
8º DRF (Distrito Rodoviário Federal) do DNER.
O Ministério dos Transportes
pretende conceder a BR-116 à iniciativa privada ainda este ano.
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