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VIOLÊNCIA
Após os golpes na cabeça, Marcos Fonseca, 38, teria tentado simular um acidente; crime ocorreu em Moema (zona sul)
Desempregado é acusado de matar a mãe
DO "AGORA"
O desempregado Marcos Fonseca, 38, é acusado de matar sua
mãe, uma aposentada de 72 anos.
A bancária Elisa Fristashi ainda
foi levada a um hospital, mas não
resistiu aos ferimentos.
O assassinato aconteceu no
apartamento da vítima, em Moema, bairro nobre da zona sul de
São Paulo. Ele está foragido.
Segundo depoimentos de funcionários e moradores do edifício,
localizado na avenida Aratãs,
Fonseca chegou ao local às 20h30
de anteontem. Em seguida, uma
testemunha diz ter ouvido uma
discussão no apartamento e os
pedidos de socorro de Fristashi.
Uma perícia realizada no local
indicou que foi utilizado um vaso
de plantas para agredir a cabeça
da aposentada. Em seguida, Fristashi teria sido arrastada até o banheiro, onde houve novas agressões na cabeça -dessa vez pancadas contra banheira e privada.
Um vizinho disse que, após ouvir os gritos da aposentada, o local
ficou em silêncio. Fonseca teria
tomado banho e fugido, deixando
os cômodos revirados e com muitas marcas de sangue. Há digitais
do desempregado no apartamento, de acordo com a polícia.
Ao sair do prédio, segundo investigadores, Fonseca teria ido
buscar a namorada, Sandra Lia
Guimarães Lourenço, na avenida
Jacutinga, via próxima à Aratãs,
em Moema. O casal teria então retornado ao apartamento de Fristashi. Eles teriam ficado pouco
tempo no local, voltando à entrada do edifício, onde pediram ao
porteiro que chamasse o resgate.
O casal disse que a aposentada havia sofrido acidente de trânsito.
Os bombeiros encontraram
Fristashi ainda com vida. Ela foi
transferida para o Hospital São
Luiz, mas não resistiu aos ferimentos -teve politraumatismo.
O casal teria deixado o prédio e
ido à casa do pai de Fonseca, o
aposentado e ex-diretor de banco
Raul Fonseca, 69. O pai disse à polícia que Fonseca, aparentemente
bêbado, queria dinheiro emprestado. Foi também o executivo que
afirmou à polícia que Fonseca não
trabalha e usa drogas desde os 18
anos. De acordo com Raul, a mãe
pagava uma mesada a ele.
Poucas horas depois da agressão, ainda na quarta-feira, a namorada de Fonseca foi vista mais
uma vez no edifício, de onde saiu
com uma mala. Sandra Lourenço
foi detida às 17h30 de ontem sob
acusação de co-autoria do crime
-teria ajudado Fonseca a fugir e
a forjar a versão contada aos funcionários do prédio.
Há cinco anos Fristashi deixou
de morar com o filho. Ela teria decidido sair de casa depois de ter sido espancada no elevador. Na
ocasião, de acordo com vizinhos
que pediram para não serem
identificados, Fonseca também
disse que a mãe tinha sofrido um
acidente de trânsito.
Até a noite de ontem, Fonseca
continuava foragido. Em contato
com a polícia, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira
afirmou à polícia que o acusado se
apresentará na terça-feira. Segundo o advogado Roberto Podval,
que defende Lourenço, a prisão é
inconsistente, pois ela não teve
participação em nenhum crime.
"Para nós, a prisão de Sandra é
apenas uma forma de pressionar
o namorado a se entregar."
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