DA REPORTAGEM LOCAL

A explosão da bateria de um celular está relacionada a vários motivos, explicam os especialistas. Mas é possível reduzir os riscos de acidente com cuidados simples, como não deixar a bateria no calor, não colocá-la em contato com a água e evitar a entrada de sujeiras, que podem evitar um curto-circuito que cause a explosão.
Também deve ser evitada a compra de produtos que não sejam originais, já que não há garantia de que sigam padrões internacionais de segurança.
Um desses padrões estabelece que a distância entre os pólos positivo e negativo, que ficam dentro da carga, não deve ficar a menos de 0,2 mm um do outro. Se essa distância for menor por algum problema de fabricação, o curto-circuito pode ocorrer, principalmente no momento da recarga. O curto causa a combustão da bateria, que explode por ser de lítio, e derrete o aparelho.
Outra possibilidade para as explosões é alguma falha no circuito de proteção da bateria. Quando ela está sendo carregada e atinge seu limite, automaticamente esse sistema de proteção deveria "desligar" o carregador, proibindo a entrada de mais energia.
"O problema é que muita gente usa baterias que não são originais", afirma o professor de telecomunicações da Escola Politécnica da USP, Paul Jean Etienne Jeszensky. "Casos de explosões fora do momento da recarga são bem mais raros e podem ocorrer por causa de algum curto-circuito interno da bateria."
Há 87 milhões de celulares em circulação no Brasil, segundo o Ibope. "O número de explosões é pequeno e o que pode estar acontecendo é a fabricação de baterias fora das especificações", diz o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp, Vitor Baranauskas. "O que recomendo, para que não ocorram problemas maiores, é que as pessoas nunca coloquem o celular para carregar perto de locais inflamáveis, como móveis. Assim, incêndios são evitados."


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