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Maioria apóia Pitta, diz secretário
da Reportagem Local
O secretário de Governo do prefeito Celso Pitta (sem partido),
Cláudio Augusto Meinberg, disse
anteontem ter confiança na base
de apoio do prefeito.
Pitta não foi encontrado por sua
assessoria, anteontem, para comentar a enquete, segundo o secretário de Comunicação Social,
Antenor Braido.
"Só lhe garanto uma coisa: temos
maioria, temos mais de 30 votos na
Câmara e mostraremos isso na hora em que for necessário. Conheço
minha base política", afirmou
Meinberg, em entrevista concedida por telefone. Meinberg estava
no interior do Estado.
Segundo o secretário de Governo, no último dia 25, quando o prefeito Celso Pitta anunciou sua saída do PPB, partido de Paulo Maluf,
a bancada de apoio foi consultada.
Meinberg disse que 27 vereadores teriam declarado apoio. Desse
total, 25 teriam sido consultados
pessoalmente e inclusive estavam
presentes no momento em que Pitta anunciou sua saída. Os outros 5
vereadores teriam declarado sua
intenção por telefone.
Meinberg vê "manipulação da
opinião pública" na pesquisa da
Folha.
"Uma publicação como essa começa a criar uma tendência na cabeça das pessoas. Vocês estão publicando "achismos", e a imprensa
tem a responsabilidade de não influir em tendências", declarou.
Meinberg afirmou ainda que não
acredita na veracidade da pesquisa
feita pela Folha e, por isso, não faria comentários sobre os resultados da enquete.
"Tenho dúvidas se foram os próprios vereadores que responderam
ao questionários", disse Meinberg.
Segundo o secretário, na quarta-feira ele soube que vereadores que
apóiam o prefeito teriam declarado voto contra Pitta na enquete da
Folha.
Meinberg disse que inquiriu pessoalmente esses vereadores e eles
teriam negado tal intenção. Esses
vereadores teriam também prometido que declarariam apoio ao
prefeito por escrito, se necessário.
"Falta consistência aos dados da
pesquisa. A enquete foi feita de
forma superficial e irresponsável, e
a publicação da reportagem é um
ato de irresponsabilidade."
O secretário disse que tomará
providências contra o levantamento. "Eu agirei", disse, sem especificar o que pretende fazer.
Por fim, Meinberg acrescentou
que acreditaria na votação simulada de impeachment se todos os vereadores fossem colocados em
uma sala e votassem, mesmo que o
voto fosse secreto. Segundo o Regimento Interno da Câmara, votações de impeachment são secretas.
"Nesse caso, passaria a ser sério.
Isso não pode ser feito de forma
aleatória e sem compromisso",
afirmou o secretário.
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