São Paulo, Domingo, 04 de Abril de 1999
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Maioria apóia Pitta, diz secretário

da Reportagem Local

O secretário de Governo do prefeito Celso Pitta (sem partido), Cláudio Augusto Meinberg, disse anteontem ter confiança na base de apoio do prefeito.
Pitta não foi encontrado por sua assessoria, anteontem, para comentar a enquete, segundo o secretário de Comunicação Social, Antenor Braido.
"Só lhe garanto uma coisa: temos maioria, temos mais de 30 votos na Câmara e mostraremos isso na hora em que for necessário. Conheço minha base política", afirmou Meinberg, em entrevista concedida por telefone. Meinberg estava no interior do Estado.
Segundo o secretário de Governo, no último dia 25, quando o prefeito Celso Pitta anunciou sua saída do PPB, partido de Paulo Maluf, a bancada de apoio foi consultada.
Meinberg disse que 27 vereadores teriam declarado apoio. Desse total, 25 teriam sido consultados pessoalmente e inclusive estavam presentes no momento em que Pitta anunciou sua saída. Os outros 5 vereadores teriam declarado sua intenção por telefone.
Meinberg vê "manipulação da opinião pública" na pesquisa da Folha.
"Uma publicação como essa começa a criar uma tendência na cabeça das pessoas. Vocês estão publicando "achismos", e a imprensa tem a responsabilidade de não influir em tendências", declarou.
Meinberg afirmou ainda que não acredita na veracidade da pesquisa feita pela Folha e, por isso, não faria comentários sobre os resultados da enquete.
"Tenho dúvidas se foram os próprios vereadores que responderam ao questionários", disse Meinberg.
Segundo o secretário, na quarta-feira ele soube que vereadores que apóiam o prefeito teriam declarado voto contra Pitta na enquete da Folha.
Meinberg disse que inquiriu pessoalmente esses vereadores e eles teriam negado tal intenção. Esses vereadores teriam também prometido que declarariam apoio ao prefeito por escrito, se necessário.
"Falta consistência aos dados da pesquisa. A enquete foi feita de forma superficial e irresponsável, e a publicação da reportagem é um ato de irresponsabilidade."
O secretário disse que tomará providências contra o levantamento. "Eu agirei", disse, sem especificar o que pretende fazer.
Por fim, Meinberg acrescentou que acreditaria na votação simulada de impeachment se todos os vereadores fossem colocados em uma sala e votassem, mesmo que o voto fosse secreto. Segundo o Regimento Interno da Câmara, votações de impeachment são secretas.
"Nesse caso, passaria a ser sério. Isso não pode ser feito de forma aleatória e sem compromisso", afirmou o secretário.


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