São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2004

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BARBARA GANCIA

Marília Pêra faz Coco Chanel como ninguém

É mundialmente sabido que a única utilidade a que a cabeça de minha tresloucada amiga Bucicleide se presta é servir para pendurar o chapéu. Pois, no sábado, na estréia de "Mademoiselle Chanel", no teatro Faap, Buci, digo, Cleide conseguiu reinventar esse singelo propósito para a caixa de seu encéfalo em forma de queijo suíço.
Depois do espetáculo (que, diga-se, deveria ser matéria obrigatória para todos os envolvidos na São Paulo Fashion Week, sejam estilistas, modelos, costureiras, assessores de imprensa ou camareiras), Buci e eu comparecemos ao coquetel para os convidados escolhidos a dedo da estréia.
Nem parei para raciocinar na hora em que vi minha amiga sacar um chapéu que havia sido estrategicamente colocado em sua bolsa antes de sair de casa. "Ela deve estar com frio no cocuruto", pensei. Só fui me dar conta do que estava acontecendo quando nos juntamos a uma rodinha de senhoras, que conversavam animadamente sobre os modelos da mitológica Coco Chanel que cada uma estava vestindo.
De repente, Bucicleide virou-se para Cicila Barros, responsável pela marca no Brasil, e disse alto para que todos ao redor pudessem ouvir: "Ah, era para vir de Chanel? Como sou boba! Entendi que era para vir de CHAPÉU!".
Quer saber? Antes uma Bucicleide com o rosto parcialmente escondido por um chapéu do que de tailleur, transvestida em aeromoça da Lufthansa.
A noite acabou mais cedo do que o previsto, com meu puxão no braço da lelé da cuca em direção à porta, quando Buci resolveu contar à Marília Pêra como imaginava que seriam as manchetes dos jornais do dia seguinte: "Já pensou, Marília? Vão dizer: "Marília Pêra faz Coco como ninguém!'". Ainda bem que a atriz tem um enorme senso de humor.
 
Ronaldo "el gordito" tem a chance de se redimir por levar, com os comerciais de cerveja que estrela, a juventude a beber. O primeiro-ministro do Haiti, Gérard Latortue, acredita que um ou dois jogos amistosos da seleção brazuca podem deter a violência no Haiti. Concordo com ele.
Analise: a simples presença de Pelé foi capaz de interromper uma guerra civil no Biafra. O mesmo ocorreu no Congo, em 1969, quando o Santos se apresentou para um amistoso. Os haitianos são fanáticos pelo nosso futebol. Em 2002, fizeram dois dias de festa para comemorar nossa vitória na Copa. Não seria glorioso vê-los trocar armas por entradas para ver "el gordito" e companhia em ação?

QUALQUER NOTA

Reizinhos
São tantas as caras-de-pau que ainda vai acabar faltando lustra-móveis. Flagrado com chapas frias no carro, o vereador José Nogueira, do PT, enfrentou o repórter com empáfia: "A lei sou eu, vou continuar desobedecendo", disse ele. E ainda há quem discuta o mérito da proposta para reduzir o número de vereadores.

Macarrão não é tudo
Como convidada, degustei pratos do norte da Itália no restaurante Supra. Pode ser visão partidária, de quem tem o Piemonte como origem, mas o menu do Supra está a anos-luz de outros, para quem somente as massas são a verdadeira comida italiana.

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