|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BARBARA GANCIA
Marília Pêra faz Coco Chanel como ninguém
É mundialmente sabido
que a única utilidade a que a
cabeça de minha tresloucada
amiga Bucicleide se presta é servir
para pendurar o chapéu. Pois, no
sábado, na estréia de "Mademoiselle Chanel", no teatro Faap, Buci, digo, Cleide conseguiu reinventar esse singelo propósito para a
caixa de seu encéfalo em forma de
queijo suíço.
Depois do espetáculo (que, diga-se, deveria ser matéria obrigatória para todos os envolvidos na
São Paulo Fashion Week, sejam
estilistas, modelos, costureiras, assessores de imprensa ou camareiras), Buci e eu comparecemos ao
coquetel para os convidados escolhidos a dedo da estréia.
Nem parei para raciocinar na
hora em que vi minha amiga sacar um chapéu que havia sido estrategicamente colocado em sua
bolsa antes de sair de casa. "Ela
deve estar com frio no cocuruto",
pensei. Só fui me dar conta do que
estava acontecendo quando nos
juntamos a uma rodinha de senhoras, que conversavam animadamente sobre os modelos da mitológica Coco Chanel que cada
uma estava vestindo.
De repente, Bucicleide virou-se
para Cicila Barros, responsável
pela marca no Brasil, e disse alto
para que todos ao redor pudessem ouvir: "Ah, era para vir de
Chanel? Como sou boba! Entendi
que era para vir de CHAPÉU!".
Quer saber? Antes uma Bucicleide com o rosto parcialmente
escondido por um chapéu do que
de tailleur, transvestida em aeromoça da Lufthansa.
A noite acabou mais cedo do
que o previsto, com meu puxão
no braço da lelé da cuca em direção à porta, quando Buci resolveu
contar à Marília Pêra como imaginava que seriam as manchetes
dos jornais do dia seguinte: "Já
pensou, Marília? Vão dizer: "Marília Pêra faz Coco como ninguém!'". Ainda bem que a atriz
tem um enorme senso de humor.
Ronaldo "el gordito" tem a
chance de se redimir por levar,
com os comerciais de cerveja que
estrela, a juventude a beber. O
primeiro-ministro do Haiti, Gérard Latortue, acredita que um
ou dois jogos amistosos da seleção
brazuca podem deter a violência
no Haiti. Concordo com ele.
Analise: a simples presença de
Pelé foi capaz de interromper
uma guerra civil no Biafra. O
mesmo ocorreu no Congo, em
1969, quando o Santos se apresentou para um amistoso. Os haitianos são fanáticos pelo nosso futebol. Em 2002, fizeram dois dias de
festa para comemorar nossa vitória na Copa. Não seria glorioso
vê-los trocar armas por entradas
para ver "el gordito" e companhia
em ação?
QUALQUER NOTA
Reizinhos
São tantas as caras-de-pau que
ainda vai acabar faltando lustra-móveis. Flagrado com chapas frias no carro, o vereador
José Nogueira, do PT, enfrentou o repórter com empáfia: "A
lei sou eu, vou continuar desobedecendo", disse ele. E ainda
há quem discuta o mérito da
proposta para reduzir o número de vereadores.
Macarrão não é tudo
Como convidada, degustei pratos do norte da Itália no restaurante Supra. Pode ser visão partidária, de quem tem o Piemonte como origem, mas o menu
do Supra está a anos-luz de outros, para quem somente as
massas são a verdadeira comida italiana.
E-mail - barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia
Texto Anterior: Jurada evita cenas violentas de filme Próximo Texto: Qualidade das praias: Condição para banho melhora em todo o litoral de São Paulo Índice
|